10 Motivos Para Conferir Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D.

Produzida pela Marvel Studios, em parceria com a Mutant Enemy Productions, e exibida pela emissora norte-americana ABCMarvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. surgiu na esteira do sucesso de Os Vingadores – filme-evento de 2012 que reunia os mais icônicos heróis da Marvel e um dos maiores sucessos de bilheteria da história do cinema. Criada por Joss Whedon, com a colaboração de seu irmão, Jed Whedon, e da cunhada Maurissa Tancharoen (que também assinam o roteiro e direção de grande parte dos episódios), a série tem como base a organização fictícia da Marvel, a S.H.I.E.L.D.Strategic Hazard Intervention, Espionage and Logistics Directorate – e retrata o dia a dia incomum da subdivisão liderada pelo agente Phil Coulson – o braço direito de Nick Fury, que foi morto por Loki no primeiro filme dos Vingadores. Depois de retornar à vida misteriosamente e ser cobaia do projeto T.H.A.I.T.I., Coulson decidiu reunir uma equipe de desajustados, porém bem treinados agentes, a bordo de um avião de última geração, munido dos mais impressionantes recursos tecnológicos. O time se dedica exclusivamente a investigar casos confidenciais da maneira mais discreta possível, de forma a não gerar uma onda de pânico na população.

A série estreou em 24 de setembro de 2013 e todos os ingredientes que poderiam fazer da produção um sucesso instantâneo estavam lá: O selo Marvel, que vem acertando em suas produções cinematográficas; um piloto assinado por Joss Whedon, que geralmente agrada a todos os nerds; e uma trama centrada em agentes que combatem ameaças sobrenaturais enquanto voam em um estiloso jatinho mega equipado.

Não tinha como dar errado, não é mesmo? Bem, digamos que não foi bem assim a princípio…

As minhas primeiras impressões da série foram postadas aqui há mais de um ano e, como é possível perceber, fui bem severa em minhas críticas. E não me arrependo de tê-las postado e sequer volto atrás no que disse. Foi exatamente este sabor de decepção que os primeiros episódios deixaram. Não só em mim como em diversos espectadores. Porém, após algumas conversas com amigos (cujo gosto para séries considero confiável) que me convenceram a dar mais uma chance à produção, resolvi não abandoná-la e insistir um pouco mais. Vai que eles estivessem certos? E estavam. Continuar vendo a série foi uma das decisões mais acertadas que tomei nos últimos anos, sem exagero. A partir do 1×10, a trama melhora consideravelmente e proporciona aos espectadores uma das melhores produções televisivas baseadas em quadrinhos.

Hoje, ao rever os primeiros episódios, até consigo gostar mais deles, pois tenho conhecimento de que aqueles casos, aparentemente irrelevantes, se conectam ao todo e preparam terreno para incríveis reviravoltas.

Mas, se você ainda não conferiu a série, ou não teve a sorte de encontrar amigos pelo caminho que lhe incentivassem a dar mais uma chance a ela, fica tranquilo! Eu preparei uma seleção de 10 motivos pelos quais você deve conferir Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D.

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1. Evolução da trama: Começou burocrática, recorrendo à famigerada estrutura procedural (o monstro da semana), mas a série evoluiu muito e agora só restam motivos para amar. Os produtores e roteiristas souberam estabelecer um cânone e uma mitologia respeitável, com um texto afiado e um enredo bem construído. Todos os casos desconexos e desinteressantes dos primeiros episódios se interligam e são de grande importância para a trama como um todo. A segunda temporada confirmou de vez a qualidade do seriado, que se tornava mais envolvente a cada episódio.

2. Está tudo conectado: It’s all conected é o slogan da série. E ele não existe à toa e nem só por uma questão de marketing. Absolutamente tudo surge dentro de um contexto em Agents. A trama é bem alinhada, com elos sólidos entre todos os elementos narrativos. Isso sem falar das conexões com o universo Marvel – quadrinhos e cinema – contando com as participações especiais e bem inseridas de personagens como a Lady Sif dos filmes do Thor e até mesmo de Nick Fury. As referências são coesas, naturais e críveis; a série é um excelente exemplo de narrativa transmídia, fazendo boas introduções aos filmes da Marvel e servindo também como algo complementar às produções cinematográficas do estúdio, sem, no entanto, deixar de funcionar de maneira independente e se estabelecer como obra isolada. Eis uma série que leva os conceitos de Cultura da Convergência de Henry Jenkins muito a sério. E isso é ótimo, pois essa é a grande sacada das narrativas atuais que se desdobram em inúmeras plataformas.

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3. Plot twists e cliffhangers: Agents está repleta de reviravoltas surpreendentes, capazes de deixar qualquer espectador desavisado boquiaberto (incluindo uma que pega todo mundo desprevenido quando da revelação da verdadeira natureza de um dos personagens centrais, ainda na primeira temporada). E os cliffhangers, os famosos ganchos para os próximos episódios (que geram ansiedade e expectativa no público), são mais uma prova do brilhantismo dos roteiristas. Um exemplo perfeito é a cena que encerra a segunda temporada. Afinal de contas, o que houve com a personagem que foi abduzida pelo artefato Kree? será que vai se tornar vilã? O que sabemos, com certeza, é que o próximo ano da série precisa chegar com urgência para descobrirmos de uma vez o paradeiro dela…

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4. Finale da segunda temporada: Falando nisso, o episódio que aborda a batalha entre a S.H.I.E.L.D. (ou o que resta dela) e os Inumanos, com uma trama paralela envolvendo o sequestro de Bobbi Morse pelo traidor Ward, é, sem dúvida, o melhor da série até agora, com uma narrativa bem costurada, ótimo ritmo e desenvolvimento, participações efetivas de todos personagens e um desfecho satisfatório de cada arco dramático. Sem falar no cliffhanger

5. Personagens: A princípio, eles eram caricaturais e simplesmente não convenciam. Havia o agente bonitão, correto, leal *cof* e extremamente hábil com armas e nos embates físicos (Grant Ward); a ninja letal, soturna e calada (Melinda May); a duplinha de melhores amigos nerds, cientistas brilhantes, porém antissociais (Leo Fitz e Jemma Simmons); a hacker engraçadinha, mas que carregava um drama pessoal (Skye); e o líder que ora desempenhava o papel de chefe, ora de paizão da turma (Phil Coulson). Isso incomodou bastante nos primeiros episódios. Aos poucos, no entanto, os estereótipos foram sendo desconstruídos e os personagens se revelaram muito mais profundos e complexos graças à riqueza de backgrounds bem trabalhados. As aparências realmente enganaram nesse caso. Outro ponto a se ressaltar dentro desse tópico é que a série provou que personagens menos populares e “esquecidos” de HQs podem render, sim, boas histórias.

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6. Mulheres no Poder: É um tanto frustrante que em tempos de tantas discussões sobre como Game of Thrones e outras séries são machistas, pouca gente dê atenção ao fato de que Agents é uma das séries que mais representa a força de personagens femininas. Além de carismáticas, é possível se identificar com elas, mesmo que se tratem de agentes especiais altamente treinadas. Mas suas personalidades garantem essa identificação. Para começar, a série deveria girar em torno de Phil Coulson, porém, Skye roubou a cena desde os primeiros episódios e acabou por se tornar a personagem central e uma das mais queridas pelo público. E sejamos justos: ela é o elemento vital da trama. Praticamente todo o plot depende dela. Da hacker inumana à cientista geek, da Cavalaria à Harpia, sem contar as vilãs – Raina, Jiyang, Kara – e aquelas que apenas fazem participações especiais na série – Agente Peggy Carter (fundadora da S.H.I.E.L.D.), Maria Hill e a Asgardiana Lady Sif – as mulheres dominam Agents of S.H.I.E.L.D. Na finale da segunda temporada, Bobbi Morse, a Harpia, mostrou que luta de igual para igual com Ward; que é durona e não pode ser derrotada facilmente, mesmo sob tortura física e psicológica; e ainda foi capaz de levar um tiro para evitar que seu ex-marido, Lance Hunter, caísse em uma armadilha.

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7. Emocionante sem ser piegas: Agents é capaz de levar os espectadores mais sensíveis – e até mesmo os mais durões – às lágrimas sem, contudo, pesar a mão no dramalhão, apenas com diálogos sutis e momentos ternos e trágicos na medida certa. Toda as cenas de FitzSimmons no fundo do oceano, após serem vítimas da traição do ex-companheiro de equipe (no episódio que encerra a primeira temporada), e a última conversa entre Skye e seu pai (na finale da segunda), são tocantes sem apelação e sem forçar a barra.

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8. Elenco: Está para existir um elenco mais adorável e com tanta química dentro e fora das telas como esse. As entrevistas que eles dão em conjunto são sempre uma delícia de se assistir e a interação e dinâmica entre eles em cena é imbatível. Além disso, não dá para deixar de citar a participação do elenco nas redes sociais. Em toda transmissão de um novo episódio, lá estão eles interagindo com os espectadores, seja pelo twitter ou pelo instagram – acompanhando, vibrando e se emocionando junto com os fãs. Sem entregar spoilers, mas dando pistas preciosas para o público pescar. Essa interação dos atores com o fandom é um achado, pois não só faz com que eles fiquem mais próximos dos espectadores como também indica a importância destes últimos para a produção. Nenhum outro elenco faz isso melhor.

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9. FitzSimmons: Se teve dois personagens que cresceram e mudaram muito (de maneira positiva) dos primeiros episódios para cá, estes foram Fitz e Simmons. Figuras adoráveis, carismáticas, além de formarem um duo altamente shippável. É fato que mesmo os mais anti-casais se viram shippando FitzSimmons. Mas eles são mais do que isso. A duplinha de nerds, a princípio, parecia compor um único personagem. Fitz não existia sem Simmons e vice-versa. Então veio a dramática cena no fundo do oceano, onde ambos quase morreram vítimas de Ward, e tudo mudou. Fitz sofreu um dano cerebral e Simmons resolveu se afastar. Pelo bem de seu amigo e pelo seu próprio. O que permitiu o crescimento individual dos personagens e uma ótima oportunidade de serem desenvolvidos de maneira independente um do outro. A evolução de seus personagens é notável. Todavia, é lógico que o fato de sua amizade ter sido abalada fez com que os espectadores sentissem falta da cumplicidade que eles possuíam na temporada inaugural da série. Aos poucos – depois de muitas discussões, brigas e distância – eles foram recuperando a dinâmica e parceria de outrora. E isso acarretou em um dos momentos mais ternos da finale da segunda temporada. Agora, resta esperar para ver se o tal jantar vai mesmo se concretizar…

10. Grant Ward: O vilão que todos amam odiar. Ele tentou matar FitzSimmons, traiu e assassinou outros agentes da S.H.I.E.L.D., enganou a todos os seus companheiros de equipe, sequestrou e torturou Bobbi Morse, é um filho da mãe de marca maior e vem se transformando, a cada novo episódio, no maior vilão da trama. Mas a série não seria a mesma coisa sem ele. Ward é um personagem fundamental, responsável pelo plot twist mais impactante da primeira temporada e, ao que parece, ainda vai render muita dor e sofrimento aos ex-companheiros de S.H.I.E.L.D. no próximo ano da produção.

Eu poderia citar ainda um 11º motivo que é o visual e os movimentos de câmera bem elaborados do seriado. Toda aquela cena em plano-sequência protagonizada por Skye no 2×19 e o bullet-time bem empregado no último episódio da segunda temporada foram dignos de nota. Vale citar também o visual de Raina, assustadoramente convincente, e os poderes dos Inumanos que impressionam de maneira positiva.

Excelente em termos visuais e narrativos e prometendo surpreender ainda mais na próxima temporada, Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. é um prato cheio tanto para marvetes quanto para os fãs de uma boa produção sci-fi.

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E que venha o terceiro ano da série!

Andrizy Bento

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