Tonight Tonight

Considerado o primeiro exemplar cinematográfico do gênero ficção científica, Viagem à Lua (Le Voyage dans la Lune) de 1902, é sem dúvida, o mais célebre dos filmes do visionário George Méliès.

De origem francesa, o filme de apenas oito minutos é inspirado na literatura de Júlio Verne e H.G. Wells e narra a história de um grupo de exploradores que faz de forma curiosa, uma viagem à lua (sendo atirados em uma cápsula por um canhão gigante). Lá eles são capturados pelos habitantes da lua e precisam arranjar uma maneira de retornar à Terra.


Antes de ser um dos primeiros a se aventurar pelo cinema, Méliès era um ilusionista. Sua especialidade eram mágicas e pirotecnias. A partir daí, ele teve a brilhante idéia de transportar esses “conhecimentos fantásticos” para o cinema. O cinema era para Méliès, um meio de exercitar seu talento como ilusionista.

Nada mais justo do que atribuir a Viagem à Lua o título de precursor do cinema sci-fi e dos efeitos especiais.

Tonight Tonight, um dos clipes mais cultuados dos Smashing Pumpkins e um dos melhores de todos os tempos, tem seu visual baseado no clássico de Méliès. O vídeo conta com cenários teatrais e manufaturados e efeitos especiais da época do filme, além de ter sido filmado com uma filmadora à manivela. O vídeo foi dirigido por Jonathan Dayton e Valerie Faris que, ao lado de Spike Jonze, Michel Gondry,  entre outros, elevaram o videoclipe a um novo patamar, revolucionando os conceitos e a estética, e imprimindo a sua marca na história de várias gerações pré-Youtube, que acompanhavam diariamente a MTV. A dupla, aliás, casal, assinou a direção de clipes de bandas como R.E.M., Jane’s Addiction, Oasis, Ramones, Weezer, Korn, Soundgarden e vários do Red Hot Chili Peppers. Sua estréia no cinema foi com o aclamado longa Pequena Miss Sunshine.

O clássico dos Smashing Pumpkins dirigido pela brilhante duplinha, é nada mais do que uma obra-prima baseada em outra obra prima. Bela combinação. Uma das bandas mais geniais dos anos 90 e uma das criaturas mais geniais da história do cinema.

Andrizy Bento

Festival de Cannes

A 65ª edição do Festival de Cannes, que ocorre na França de 16 a 27 de maio, teve divulgada na última quinta-feira, dia 19, a lista dos filmes que integram a seleção oficial e disputam a Palma de Ouro.

Na lista, estão os aguardados Cosmopolis, de David Cronenberg; Amour de Michael Haneke; Killing Them Softly, de Andrew Dominik; The Paperboy, de Lee Daniels; e On The Road, longa do cineasta brasileiro Walter Salles.  A abertura ficará por conta de Moonrise Kingdom, de Wes Anderson.

No cartaz oficial, um tributo a Marilyn Monroe.

Abaixo, você confere a lista completa.

Em competição:
Amour – Michael Haneke
The Angel’s Share – Ken Loach
Baad EL Mawkeaa – Yousry Nasrallah
Beyond The Hills – Cristian Mungiu
Cosmopolis – David Cronenberg
Holy Motors – Leos Carax
The Hunt – Thomas Vinterberg
In Another Country – Hong Sang-Soo
Im Nebels – Sergei Loznitsa
Killing Them Softly – Andrew Dominik
Lawless – John Hillcoat
Like Someone In Love – Abbas Kiarostami
Moonrise Kingdom – Wes Anderson
Mud – Jeff Nichols
Na Estrada – Walter Salles
Paradies: Liebe – Ulrich Seidl
The Paperboy – Lee Daniels
Post Tenebras Lux – Carlos Reygadas
Reality – Matteo Garrone
Rust & Bone – Jacques Audiard
Taste Of Money – Im Sang-Soo
Vous N’Avez Encoure Rien Vu – Alain Resnais

Mostra Um Certo Olhar:
Miss Lovely – Ashim Ahluwalia
La Playa – Juan Andres Arango
Les Chevaus De Dieu – Nabil Ayouch
Trois Mondes – Catheron Corsini
Antiviral – Brandon Cronenberg
7 Days In Havana – Benicio Del Toro, Laurent Cantet, Gaspar Noe
Le Grand Soir – Benoit Delepine & Gustave Kervern
Laurence Anyways – Xavier Dolan
Despues De Lucia – Michel Franco
Aimer A Perdre La Raison – Joachim Lafosse
Mystery – Lou Ye
Student – Darezhan Omirbayev
La Pirogue – Moussa Toure
Elefante Blanco – Pablo Trapero
Confession Of A Child Of The Century – Sylvie Verheyde
11.25: The Day He Chose His Own Fate – Koji Wakamatsu
Beasts Of The Southern Wild – Benh Zeitlin

Fora de competição
Une Journee Particuliere – Gilles Jacob and Samuel Faure
Madagascar 3: Os Procurados – Eric Darnell, Tom McGrath
Dracula 3D – Dario Argento
Io E Te – Bernardo Berolucci
Hemingway & Gellhorn – Philip Kaufman
Ai To Makoto – Takashi Miike

Exibições especiais:
Der Mull Im Garten Eden – Faith Akin
Mekong Hotel – Apichatpong Weerasethakul
Villegas – Gonzalo Tobal
A Música Segundo Tom Jobim – Nelson Pereira Do Santos
Journal De France – Claudine Nougaret & Raymond Depardon
Les Invisbles – Sebastien Lifshitz
The Central Park Five – Ken Burns, Sarah Burns, David McMahon
Roman Polanski: A Film Memoir – Laurent Bouzereau

Trailer de Cosmopolis, de David Cronenberg, filme que disputa a Palma de Ouro em Cannes:

Pelo trailer, Cronenberg resgatou mesmo o seu estilo visceral,  inconfundível e único.

 Andrizy Bento / Kevin Kelissy

Jogos Vorazes

Narrativas ambientadas em futuros distópicos sempre constituíram temas atraentes tanto para cineastas quanto para cinéfilos. Ter diferentes visões de como nossa sociedade pode parecer futuramente – autodestrutiva, tirana e decadente – nas telonas, é sempre interessante. Para muitos psicólogos e filósofos trata-se de uma espécie de mea-culpa, para outros tantos uma espécie de masoquismo.

Divagações à parte, é necessário bom senso estético para se obter sucesso artístico quando se trata de futuros apocalípticos no cinema. É o caso de Blade Runner, do qual eu falarei mais pra frente. Um filme que introduz uma atmosfera futurística não apenas palatável como digna de nota, na qual parece comum se imaginar vivendo dentro de alguns anos.

Apesar de uma ideia bastante interessante, no entanto, Jogos Vorazes não é tão bem-sucedido em sua visão de futuro distópico – artisticamente falando, que fique bem claro. A não ser que reconheçamos que o filme seja um tributo à estética de filmes B de quatro décadas atrás. E acho que é mesmo. Aí nem se pode dizer que foi uma falha.

Os tons cinzentos, opacos e esmaecidos do Distrito 12, onde vivem os protagonistas, contrastam com toda a atmosfera kitsch da Capital.  A impressão que se quer passar é de uma sociedade notoriamente hedonista e superficial, porém, se exagerou no tom para tornar bem explícito os contrastes. Então há um impasse de nunca ficar claro se é esta mesmo a impressão que quer se extrair do público, ou a direção de arte foi realmente um tanto quanto descuidada e equivocada. Esse, felizmente, é o único excesso. No que concerne aos efeitos especiais, por exemplo,  se não chegam a impressionar ou ter alguma ousadia, pelo menos são competentes e bem executados.

A América do Norte não existe mais. Em seu lugar há uma nação chamada Panem, composta por 12 Distritos e uma Capital. Todo ano, um garoto e uma garota de cada Distrito, com idade entre 12 e 18 anos, são selecionados para competir até à morte nos Jogos Vorazes. Os Jogos funcionam como uma espécie de lembrete que o poder está unica e exclusivamente concentrado na Capital, além de uma forma de punir anualmente o povo que um dia se revoltou contra os poderosos. Os filhos daqueles que um dia organizaram um levante contra a Capital é que pagam por esse erro do passado, participando de um massacre televisionado.

Mais brutal do que o Jogo em si, é a mentalidade não só dos idealizadores, mas dos habitantes da Capital que acompanham com afinco e assiduidade o entretenimento macabro que os jovens tributos protagonizam. Enquanto nos Distritos tudo é visto como sacrifício –  ninguém aplaude quando os nomes são sorteados, por exemplo – a Capital fica em polvorosa com os Jogos Vorazes.

A frieza e calculismo dos idealizadores dos Jogos ficam bem evidentes principalmente na cena em que  a protagonista tenta escapar de uma área em chamas da floresta, quando tratam o desespero da personagem apenas como mais um mecanismo para a condução do entretenimento. Isso também é um grande trunfo do filme sobre o livro, que era narrado em primeira pessoa. No filme, temos um melhor acesso a todos os outros personagens, à manipulação dos tributos na arena e à forma como se conduz o jogo, sem ficarmos presos unicamente à visão de Katniss Everdeen.

O elemento propulsor da movimentação dos personagens no universo de Jogos Vorazes, portanto, é a luta pela sobrevivência. Jogos Vorazes é um Battle Royale mais jovem e menos brutal e sangrento. Mais focado na dinâmica entre os personagens, nos vínculos afetivos e na questão do heroísmo e da justiça, virtudes e valores. O que, de fato, sempre foi a espinha dorsal da narrativa de Collins. A crítica social é sugerida, não totalmente explorada, nem o roteiro gira em torno disso. Esta se torna mais afiada apenas no segundo volume da série.

A direção de Gary Ross é segura. O cineasta conseguiu encontrar saídas e soluções cinematográficas que contornassem o problema de não se poder mostrar tanta violência e sangue em um filme com classificação indicativa relativamente baixa. Há bons cortes, enquadramentos, ângulos e movimentos de câmera que ajudam a passar a ideia de massacre e aniquilação sem precisar se apoiar em violência gráfica extrema. Contudo, para quem leu o livro, é inevitável ficar salivando por um pouco mais de confronto sangrento entre os jovens na arena.

Mas Ross mostra, com efeito, sua eficiência na condução da narrativa, equilibrando bem momentos de tensão e  leveza. Injetando sutil e organicamente algum humor na trama, além de mostrar competência na composição dos quadros. Sua câmera vertiginosa e trepidante é  utilizada de maneira inteligente, como quando Katniss sobe ao palco depois de se voluntariar como tributo, indicando a confusão da protagonista, e no momento em que a heroína é picada por teleguiadas, o que rende uma passagem até psicodélica. O retrato da arena é bem cruel, como era de se imaginar, apesar de pouco sangrento. A supressão do som é um achado em algumas das cenas mais violentas como na seqüência da Cornucópia que abre os Jogos – muito bem executada.

Como adaptação do best-seller de Suzane Collins, o filme é extremamente bem-sucedido. As seqüências que os leitores tanto queriam ver na tela, não decepcionam, algumas são marcantes, densas e cativam a atenção do espectador sem precisar apelar para excessos. E como entretenimento, o filme funciona absurdamente bem, independente do livro, e é capaz de atrair facilmente mesmo quem nunca teve contato com a os livros de Collins. O filme vai em um crescendo dramático que culmina em um clímax que não desaponta. O roteiro é bem amarrado, sem aquela pressa típica de querer mostrar tudo de uma vez em se tratando de um primeiro filme de uma franquia cinematográfica.

Jogos Vorazes tem bom ritmo, seqüências de ação bem coreografadas, boas linhas de diálogo e, claro, conta com um bom desempenho de seu elenco, especialmente da ótima Jennifer Lawrence que defende sua personagem Katniss com veemência, uma heroína trágica, corajosa e carismática. Josh Hutcherson confere o grau de ingenuidade exata ao seu Peeta. Woody Harrelson é outro destaque, não caindo no lugar-comum do bêbado caricato com seu Haymitch. Todos os jovens atores defendem seus papéis com garra. E, ironicamente, o experiente Donald Sutherland aparece no piloto automático como o Presidente Snow.

Já a trilha sonora não peca pelo excesso de dramaticidade. É funcional, contudo, bem pouco memorável.

O primeiro capítulo da franquia cumpre bem seu papel nas telonas e dá uma boa ideia do universo que está tomando de assalto os cinemas, conquistando os cinéfilos e ainda promete fazer muito barulho durante os próximos anos. É uma ótima introdução do universo de Jogos Vorazes para as telonas e mostra que a série ainda tem um grande potencial a ser explorado nos filmes subsequentes.

Um tratamento melhor da trilha sonora e um olhar mais atento à direção de arte tornariam tudo excelente. Mas que venha Em Chamas com essas devidas melhorias.

Felizmente, é um filme com mais virtudes do que deméritos, que merece ser visto por fãs do romance de Suzanne Collins e pelo público em geral em busca de um entretenimento de qualidade, dinâmico e inteligente.

Andrizy Bento

Elvis Presley Comeback Special

Que Elvis Presley foi um artista icônico, todo mundo sabe. Mas mesmo os Reis enfrentam fases difíceis e são obrigados a lidar com os altos e baixos da carreira. E no universo da música pop é comum uma carreira oscilar entre sucessos e fracassos. E isso ocorre desde sempre. Nem o ídolo mais do que memorável passou incólume.

Desde a sua volta do exército, em 1960, Elvis Presley decidiu focar na carreira de ator. Seu primeiro filme, G.I. Blues (1961) foi um incrível sucesso nos cinemas e a trilha sonora se tornou mais um disco de ouro do Rei.

Até 1964, seus filmes continuaram rendendo muito dinheiro e mais discos de ouro. Mesmo com papéis fáceis de interpretar e músicas cada vez mais distantes do seu bom e velho rock’n roll, o público continuava entusiasmado com Elvis. Mas, a partir de 1964, os roteiros começaram a empobrecer e seus personagens a ficar sem noção. As músicas escolhidas para as filmagens eram ruins e Elvis estava muito descontente com o rumo de sua carreira. O astro sentia falta do contato com o público. Seu último show havia sido em 1961.

No início de 1968, seu empresário, Coonel Tom Parker, fez contato com a rede de TV NBC para um especial de TV para Elvis, na verdade um especial de Natal. A NBC contratou o produtor Steve Binder para dirigir o programa. Steve, por sua vez, não era fã da música de Elvis e muito menos de seus filmes.

Em uma conversa particular entre Elvis e Steve, o produtor explicou sobre a idéia de um especial de Natal e disse que achava a proposta um tanto infantil, além de acrescentar que Elvis estava ultrapassado para os jovens da época. Steve esperava que Elvis ficasse magoado com sua franqueza, mas o cantor disse que concordava e sentia que os jovens já nem se lembravam mais dele.

Em uma hora de reunião, Elvis e Steve ficaram amigos e acertaram que iriam deixar de lado o especial de Natal e fazer um verdadeiro especial de TV. A volta de Elvis Presley aos palcos.

O especial recebeu o título de “Comeback Special” e foi dividido em 3 partes. Uma apresentação ao vivo com a banda, considerado o primeiro acústico do rock’n roll. Outra apresentação, mas gravada, incluindo roteiro e figurino, com músicas gospel, blues, rock e jazz rock. E a parte final que compreenderia o fechamento do especial com Elvis cantando “If I Can Dream”, uma música sobre paz, contra os tempos de guerra.

A volta de Elvis aos palcos foi um sucesso mundial quando transmitida em 1968 (houve uma reprise em 1970) na TV por vários motivos. 1º trazia músicas novas e cantadas com entusiasmo por Elvis. 2º mostrou ao mundo um “novo Elvis”, vestido de couro e muito mais maduro. 3º modernizou a imagem do astro, que voltou a ser o Rei e também voltou a ser um ídolo dos jovens.

Elvis havia voltado ao lugar ao qual pertencia, havia retornado aos palcos.

Eduardo Molinar

Nas prateleiras: Lançamentos em Blu-ray – Abril

A Imagem Filmes lança agora, neste mês de abril, um título de catálogo em BD. Jackie Brown, de Quentin Tarantino, chega ao mercado em Blu-ray, com formato de tela 16:9 Widescreen 1080p, áudio em inglês, legendas em português e inglês, e vários extras bacanas – incluindo cenas deletadas, estendidas e sequência alternativa para os créditos iniciais, entre outras curiosidades a respeito do filme. Talvez seja um dos trabalhos menos alardeados de Tarantino, mas de qualquer forma, vale a pena ter na estante.

Além deste, outros lançamentos em BD da Imagem são Os Imortais e o nacional Dois Coelhos.

A Paramount lança o quarto filme da série Missão: Impossível – Protocolo Fantasma em BD e a Playarte anuncia para o mês de abril o O Espião Que Sabia Demais com Gary Oldman.

Já a Paris Filmes vem com dois títulos interessantes: A Dama de Ferro, filme que garantiu o Oscar de Melhor Atriz para Meryl Streep, e Precisamos Falar Sobre o Kevin. E dentre os lançamentos da Universal estão Um Dia e Roubo nas Alturas.

O destaque da Warner é a primeira temporada da cultuada série Game of Thrones, que conta com cinco discos. A distribuidora também anuncia para esse mês, o combo que inclui o BD e mais o BD em 3D de Happy Feet – O Pingüim.

A Disney também lança uma edição combo  de Cavalo de Guerra que inclui DVD e BD. Além de Pocahontas 1 e 2 no formato Blu-ray disc.  Já a Fox vem com o longa infantil Alvin e Os Esquilos 3.

Andrizy Bento Kevin Kelissy

Nas prateleiras: Lançamentos de Livros – Abril

Delírio – Lauren Oliver

Neste romance de Lauren Oliver, o amor é uma doença. Literalmente. A pior de todas as doenças. E não há como contê-lo uma vez que estiver instalado na corrente sanguínea. Contudo, com o avanço da ciência, é descoberta uma cura e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados assim que completarem 18 anos. A personagem central do livro é Lena Halloway, que espera ansiosamente pelo seu aniversário de 18 anos para que possa ser submetida à intervenção cirúrgica e, assim, ser curada e dispensar todos os sentimentos contraditórios que o amor acarreta, vivendo tranqüila, segura e em paz. Após ser curada, Lena, assim como todas as demais jovens de sua idade, será encaminhada pelo governo para uma faculdade e lhe será designado um marido. Mas faltando apenas algumas semanas para iniciar o tratamento, ela se apaixona. E aí surge o dilema. Depois de experimentar esse inesperado apanhado de novas sensações e sentimentos, resta apenas uma escolha. Optar ou não pela cura. O livro, da mesma autora de Antes que eu vá, é o primeiro volume de uma trilogia distópica, sucedido por Pandemonium, já lançado nos Estados Unidos no começo de 2012 e Requiem, com previsão de lançamento para fevereiro do ano que vem nos EUA. Delírio é um lançamento da editora Intrínseca e conta com 352 páginas para se ler em questão de poucas horas e aguardar pela seqüência.

Estilhaça-me – Tahereh Mafi

O toque de Juliette é fatal, mas ninguém sabe explicar o motivo. Em um mundo no qual a doença vem cada vez mais dizimando a população, a comida é escassa e nem a cor das nuvens é mais a mesma, ninguém dá atenção ao problema de uma garota de 17 anos como Juliette.  Ela nunca foi bem aceita na escola e era vista como um problema para os próprios pais. O simples fato de tocar alguém e conseqüentemente matar, fez com que ela fosse encarcerada aos 14 anos de idade. As coisas passam a mudar quando ela começa a se relacionar com o guarda de sua cela, Adam. Ao ser supostamente liberta, depois de três anos presa, Juliette se vê diante de uma sociedade opressora e um governo ditatorial que a convida a usar seus poderes como arma e instrumento de tortura. Mais um lançamento que segue essa linha de romances fantásticos que abordam futuros distópicos e pós-apocalípticos – a nova onda no universo da literatura infanto-juvenil, depois de criaturas mágicas, vampiros e anjos. Estilhaça-me, ainda tem uma vibe X-Men. O fato de a protagonista possuir um toque letal, logo remete à mutante Vampira dos quadrinhos da Marvel Comics. Lançamento da editora Nova Conceito, 304 páginas.

Encantos – Série Fadas – Vol. 2 – Aprilynne Pike

A sequência do best-seller mundial, Asas, se passa seis meses depois dos eventos ocorridos no primeiro volume da série, quando Laurel descobriu ser uma fada e salvou o portal de entrada para Avalon. Agora, ela passará o verão estudando para aperfeiçoar e desenvolver melhor suas habilidades e adquirir conhecimentos como fada de outono. Contudo, ao se deparar com a hierarquia social do lugar, Laurel começara a repensar a sua escolha. Lançamento da editora Bertrand, 308 páginas.

O Circo da Noite – Erin Morgenstern

Tendo como plano de fundo a magia do circo, seus truques e encantos, um duelo e uma paixão entre dois jovens mágicos, Celia e Marco, desenrolam-se. Um duelo para o qual os dois foram treinados desde a infância para participar e só um deles pode sobreviver. E uma paixão que se desenvolve à medida em que o circo viaja pelo mundo e a parceria entre eles vai ficando cada vez mais forte e intensa. Não é qualquer circo. É um circo em preto, branco e cinza, que abre ao anoitecer e fecha ao amanhecer, repleto de tendas lúdicas. Para conferir o desfecho do número, só lendo o livro. Um lançamento da editora Intrínseca, 387 páginas.

Uma Princesa de Marte – Edgar Rice Burroughs

O livro que inspirou o filme John Carter, ganha sua primeira versão brasileira do texto original, um século depois de sua publicação. O romance narra a saga do capitão John Carter, veterano da Guerra Civil Americana que tenta recomeçar sua vida após perder tudo o que possuía com o fim da Guerra. O que ele não contava era que seu caminho o levasse de forma inesperada a Marte, um planeta repleto de vida, com uma flora peculiar e fauna diversificada, habitada por estranhas raças constantemente em guerra umas com as outras. Carter acaba capturado pelos Tharks, uma raça de marcianos, e passa a lutar incessantemente por sua liberdade e pelo amor de Dejah Thoris, princesa de Helium. Graças à diferença gravitacional de Marte em relação à Terra, ele conquista o respeito dos habitantes além da confiança de importantes aliados e, claro, ganha poderosos inimigos. Uma aventura no mínimo inusitada, Uma Princesa de Marte é o primeiro livro de uma trilogia, seguido por Os Deuses de Marte e O Comandante de Marte, contando com um herói memorável e uma rica mitologia. Editora Aleph, 272 páginas.

Andrizy Bento