Nebraska, Ela e Gravidade são os meus favoritos dentre os indicados ao Oscar de Melhor Filme deste ano. Uma pena que, dentre os três, apenas Gravidade tenha reais chances de sair vencedor. Mas, infelizmente, deve perder para os razoáveis 12 Anos de Escravidão e Trapaça. O primeiro foi o grande vencedor do Globo de Ouro. O segundo ganhou o prêmio mais importante do SAG, de Melhor Elenco. Philomena também é um bonito filme. Ainda que aposte em certas “ciladas” como eu costumo chamar, a fim de manipular o emocional do espectador, ele consegue, na maior parte do tempo, ser um filme triste e sensível sem precisar de muitos artifícios. O resultado final é bastante agradável e leva às lágrimas mesmo o espectador que gosta de fugir dos famigerados “dramas de superação”. Clube de Compras Dallas é de uma urgência e realismo admiráveis e Capitão Phillips é um bom thriller de ação, ainda que vacile quando o tom é de crítica social. Ela emerge como uma das melhores surpresas desta temporada de premiações. Tido como o azarão por muitos, é um filme belíssimo, de uma sensibilidade ímpar, que retrata com precisão e de maneira sofisticada um tema contemporâneo, além de nos fazer refletir a respeito do tempo que gastamos nos dedicando às nossas vidas virtuais e repletas de falsas ilusões.
Gravidade (Alfonso Cuarón)
★★★★★
Gravidade foi, sem a menor dúvida, o melhor filme do ano passado e – por que não? – o melhor dos últimos tempos. É claro que eu sou suspeita para falar, afinal sou fã dos trabalhos de Alfonso Cuarón desde que vi A Princesinha ainda pequena. Sou uma defensora dos subestimados Grandes Esperanças e Filhos da Esperança. E acho que Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban é o melhor filme da franquia cinematográfica baseada nos livros de J.K. Rowling. Gravidade é mais um atestado da genialidade de Cuarón e comprova que ele é um dos melhores cineastas em atividade. Um autor na acepção da palavra capaz de transformar uma mensagem simples e universal em grande cinema. Com este longa, o cineasta alcança um refinamento estético que suas produções anteriores já haviam anunciado, mas aqui atinge seu ápice. Tecnicamente impecável – design de produção, fotografia, montagem e som excelentes – Gravidade está repleto de cenas grandiosas. Mas o discurso não fica em segundo plano. A narrativa trabalha com os contrastes – a efemeridade do ser humano em relação ao infinito espaço à sua volta, no mesmo passo em que Cuarón alterna som e longos momentos de silêncios e planos objetivos e subjetivos. O espectador observa a luta da astronauta Ryan Stone (Sandra Bullock, em sua melhor interpretação) pela sobrevivência, ainda que não veja nenhum motivo para continuar seguindo em frente. À deriva no espaço e sem contato com a Terra, depois de um acidente envolvendo destroços de um satélite que dizimou os outros membros da operação, Stone precisa arranjar um modo de voltar para casa. A essência e a fragilidade da substância humana compreendem o cerne da narrativa. Imponente em sua forma, subjetivo em seu conteúdo, o longa apresenta, com um visual de encher os olhos, uma jornada fantástica pelo espaço exterior e pelo universo particular do ser humano. Gravidade ainda conta com uma das melhores cenas dos últimos tempos, o renascimento da personagem de Bullock. Se há alguma palavra para defini-lo e que realmente lhe faça justiça, esta seria majestoso.
Trapaça (David O. Russel)
★★½
Trapaça não convence se apresentando como uma grande e bem elaborada trama policial, pois não contribui com nada de inovador para o gênero. Em aspectos técnicos, o filme é excelente. Especialmente no que diz respeito à reconstituição da era setentista. O visual retrô, com seus penteados, maquiagem e figurinos extravagantes, somado ao cenário da época disco é acertado. O elenco todo está muito bem; o carisma e presença de cena do quarteto composto por Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper e Jennifer Lawrence segura o filme, portanto, não é de se surpreender que todos tenham sido indicados às categorias de atuação do Oscar. A trilha sonora catártica é outro item notável. Mas os pontos positivos param por aí. A trama é confusa e peca pelo excesso de informação. O voice-over e os flashbacks em profusão mais atrapalham do que ajudam, compondo uma história mastigada, mas atropelada, sem falar nas sequências arrastadas e inúteis que parecem estar ali por puro capricho do diretor David O. Russel que nunca foi excelente, mas tem trabalhos competentes em sua filmografia. A reviravolta do final é tola e só comprova o quanto o filme é rasteiro e superficial. Para os fãs dos atores é um prato cheio, mas para quem esperava um longa no melhor estilo dos trabalhos que Scorsese realizava nos anos 70 (aos quais este parece prestar um tributo), Trapaça oferece bem pouco. O resultado final é um tanto decepcionante.
12 Anos de Escravidão (Steve McQueen)
★★★
12 Anos de Escravidão é outro que frustrou as expectativas de quem esperava uma grande obra a respeito de um dos episódios mais vergonhosos e também cruciais da história americana. É fato que Hollywood poucas vezes se meteu a tratar do tema e podemos apontar alguns poucos títulos que retrataram a escravidão. Os primeiros que me vem à cabeça são o irregular Amistad de Steven Spielberg e Django Livre de Quentin Tarantino. E, como todos nós sabemos, Tarantino não faz filmes preocupado com a precisão histórica ou seriedade. Com 12 Anos, o diretor Steve McQueen, teria a chance de dar um passo importante em Hollywood, porém, embora o filme esteja ganhando cada vez mais reconhecimento, prestígio e alarde especialmente em virtude dos prêmios que vem arrematando nesta atual temporada de premiações, está longe, muito longe de ser excelente. A abordagem do tema é muito convencional, apenas repetindo fórmulas que estamos acostumados a ver em demasia no gênero drama, principalmente quando este aposta em histórias que retratam personagens em constante luta pela sobrevivência e superação. Em termos de narrativa e de estilo, não há nada de novo. As poderosas atuações de Chiwetel Ejiofor, Lupita Nyong’o e Michael Fassbender é o que dão movimento à trama e o tornam até interessante. Mas a fórmula é muito desgastada, bem típica de ganhadores do Oscar. Eu esperava mais do diretor que impactou plateias de todo o mundo com Shame, um trabalho notavelmente ousado. O oposto de 12 Anos. Este é um filme feito para causar comoção no público, mas creio que não vá fazê-lo refletir muito acerca das atrocidades do período de escravidão. As pessoas vão se sentir angustiadas durante a projeção e comovidas ao final dela. Mas vão esquecê-lo assim que a sessão findar, pois o longa não abre espaço para discussões acaloradas, uma vez que não há nada na tela que já não tenhamos visto antes. Redondinho, competente, tecnicamente rebuscado, uma fotografia bonita e singela e direção de arte sofisticada. Mais nada. 12 Anos de Escravidão é um filme que não se atreve, parece ter receio em ousar, em impactar, é pouco inspirado, pouco autoral, apenas mais do mesmo. A impressão que deixa é de um cinema conformado que não parece se incomodar muito com as cicatrizes deixadas pela escravidão nos Estados Unidos.
O Lobo de Wall Street (Martin Scorsese)
★★★½
Além de Trapaça, outro filme que tem como foco a ganância, a corrupção e o dinheiro ganho às custas da ingenuidade dos outros, é este O Lobo de Wall Street de Martin Scorsese. Mas este é muito melhor. Há algum tempo eu não me envolvia tanto com um filme do cineasta, e isso se deve ao roteiro bem estruturado, à montagem que faz com que o espectador nem veja o tempo passar (são três horas que passam voando) e Leonardo DiCaprio em sua melhor forma. Sua atuação é de tirar o fôlego. Com planos apurados e precisos e direção de arte soberba (estamos falando de Scorsese, afinal), o filme é visualmente impressionante. Boa parte do enredo de O Lobo – que versa sobre o mercado financeiro, a partir das memórias narradas no best-seller de Jordan Belfort, no qual o longa se baseia – parece acontecer em um plano fora da realidade, assumindo um tom delirante que parece justificar as ações imorais do protagonista. Mas, falando francamente, a história talvez não funcionasse se contada de outra maneira, uma vez que a intenção era despertar no espectador um estranho sentimento de amor e ódio por Belfort, vivido por DiCaprio – sem dar margem para defesas ou julgamentos. De outra forma, como seria possível comprar a ideia? Exaltado é uma boa palavra para defini-lo, pois é revestido de um tom apoteótico, munido de um humor ácido e corrosivo. Não é correto dizer que ele peca pelo excesso quando isso é o que dá identidade ao longa. Mas exatamente por isso não é um filme de fácil digestão. Está longe dos melhores trabalhos e dos melhores anos de Scorsese, mas é melhor do que suas últimas empreitadas.
Clube de Compras Dallas (Jean-Marc Vallée)
★★★★
As atuações de Matthew McConnaughey e Jared Leto são o que certamente mais chamam a atenção em Clube de Compras Dallas. Mas isso não quer dizer que o enredo não seja digno de nota. O longa é pesado, de um teor político e de denúncia pertinentes, cuja narrativa não se preocupa em fazer concessões a fim de absorver o impacto. McConnaughey interpreta um homem hétero e machista, compondo precisamente a figura do cowboy texano viril, que descobre ser portador do vírus HIV . O filme mostra sua luta contra o preconceito e a indústria farmacêutica em um cenário de epidemia, em plena década de 80. O protagonista faz várias viagens, disfarçando sua real identidade, em busca de medicamentos ilegais que ajudem a atenuar os sintomas da AIDS, e inicia um inusitado trabalho social, dando oportunidade de tratamento a outros soropositivos vítimas do descaso da saúde pública em Dallas. Felizmente, não cai nas armadilhas de outros tantos que, ao procurar dar foco à causas sociais e direitos civis, descambam para o discurso panfletário. Acima de tudo, porém, Clube de Compras Dallas é um filme de atores. E ambos, em seu melhor momento, tem espaço suficiente para brilhar numa história baseada em fatos reais que surpreende quem não tinha grandes expectativas, mas que dificilmente vai emplacar como o filme favorito de alguém. A atuação de McConnaughey é irretocável e Leto, na pele de um transexual, rouba todas as cenas em que aparece. É um retrato cru, realista e brutal da degradação de vítimas do vírus HIV. A reconstituição de época é um primor. A fotografia e direção de arte, bem como a entrega dos dois atores, imprimem a atmosfera realista que o roteiro exige. Duas décadas após o lançamento de Philadelphia (pioneiro a tratar de temas como AIDS e homossexualidade em Hollywood e que acabou por se tornar datado) surge este, urgente e relevante em um contexto atual, ainda que retrate os anos iniciais da doença.
Capitão Phillips (Paul Greengrass)
★★★½
Tom Hanks prova mais uma vez que continua sendo um dos melhores atores de Hollywood que permanece na ativa. O longa funciona especialmente por conta de seu carisma e presença de cena, sem falar na interação com o estreante Barkhad Abdi que aqui mostra ser um ator talentoso, com uma força interpretativa surpreendente. Capitão Phillips é um ótimo filme de ação, especialmente no que diz respeito aos aspectos técnicos, falhando um pouco em termos dramáticos. O desenho de produção, a fotografia que explora bem os espaços em que a ação se desenvolve, a edição de som bem cuidada e a montagem ágil são itens dignos de nota. A câmera de mão trêmula corrobora a construção de um suspense eficiente e auxilia na composição de um clima acertado de tensão que mantém o espectador cativo do começo ao fim. Apesar de recorrer a recursos convencionais do gênero, não cai nos lugares-comuns dos filmes que exaltam o herói americano. O tom patriótico está lá, mas não de maneira exacerbada. Baseado no livro A Captain’s Duty, escrito pelo próprio Richard Phillips do título, o longa narra o episódio em que o navio cargueiro do Capitão foi invadido e sequestrado por piratas somalis. Retratando a desigualdade de um modo inteligente, a narrativa se concentra nas discrepâncias entre o Capitão e o líder dos piratas, sem tornar a narrativa maniqueísta ou desgastada. Capitão Phillips funciona como thriller de ação. Como crítica é bem rasteiro e perde um pouco sua força quando adota esse tom de denúncia em determinadas sequências – ao militarismo, à desigualdade econômica e social, ao capitalismo opressivo – mas esse discurso, felizmente, não se converte em foco principal. É um filme que merece ser visto, mesmo que sua indicação à categoria principal do Oscar seja incompreensível. Ou talvez não, quando sabemos que é um filme com Tom Hanks. De qualquer forma, Paul Greengrass é sempre uma ótima pedida quando se trata de ação e suspense.
Ela (Spike Jonze)
★★★★★
A superficialidade e o caráter transitório dos relacionamentos atuais constituem o tema central do novo filme do genial Spike Jonze de quem eu sou fã confessa e de longa data. Criativo, inteligente, sensível, filmado de maneira elegante, Ela é uma verdadeira coleção de belas imagens e seu discurso jamais perde a força ou envereda por caminhos óbvios ou pretensiosos, graças ao excelente e bem estruturado roteiro. Jonze ambienta seu filme em um futuro próximo, mas que parece refletir o nosso presente em várias passagens. O protagonista Theodore (Joaquin Phoenix, perfeito) tem como profissão escrever cartas de amor para pessoas apaixonadas, mas com dificuldades para expressar seus sentimentos em palavras. Irônico, afinal ele atravessa uma fase difícil e solitária, consequência de um casamento malsucedido. O talento do cineasta, que ficou comprovado desde sua estreia nas telonas com Quero Ser John Malkovich, é transformar questões simples e os complicados sentimentos humanos em narrativas alegóricas incríveis, que parecem distantes de nossa realidade em um primeiro momento, mas nos provocam reflexões acerca de nossas próprias vidas, gerando identificação com os personagens e com as situações vividas por eles na tela. Então percebemos que o cinema de Jonze não é assim tão absurdo como pensamos a princípio. Seus filmes soam quase proféticos. Sentir-se sozinho e encontrar seu refúgio em um aparelho eletrônico. É o que Theodore faz, desenvolvendo uma improvável relação romântica com um sistema operacional (cuja voz, somente a voz, é de Scarlett Johansson). O enredo fantasioso nos faz questionar nossas próprias relações com computadores. Há pessoas por trás dessas máquinas, mas e os sentimentos? são realmente verdadeiros? Em um mundo cada vez mais tecnológico, cujos encontros pessoais parecem coisa do passado, diante de tantos recursos que possibilitam conversas online e onde tantos relacionamentos tem início e parecem existir unicamente em função de algo efêmero, Ela surge como uma metáfora urgente de todos nós e de nossas vidas no ciberespaço. Um longa de extrema relevância, disposto à experimentações, belo, anticonvencional e melancólico (não porque tem a intenção de ser triste, apenas porque parece ilustrar uma realidade que se anuncia e se escancara bem diante de nós). Características tradicionais da filmografia de Jonze, mas que nunca perdem a validade, jamais soam anacrônicas. Palavra, aliás, que espero não precisarmos associar às relações interpessoais em um futuro não tão distante.
Nebraska (Alexander Payne)
★★★★★
Uma busca inacreditável por um falso prêmio de um milhão de dólares se converte em um delicioso conto que narra os momentos valiosos da vida em família; a busca por conexões entre um filho e seu pai cuja saúde está bastante debilitada e vem apresentando problemas de falta de memória, numa narrativa terrivelmente intimista e pessoal. Toda a improvável jornada pelo tal prêmio falso é apenas um desculpa para que pai e filho possam desfrutar de alguns momentos juntos, antes que ocorra uma inevitável partida. Dessa forma, David (Will Forte) decide levar seu velho e teimoso pai Woody Grant (Bruce Dern) de carro até Lincoln, em Nebraska, antes que ele acabe dando um jeito de ir sozinho. Um pequeno acidente sofrido por Grant, no meio do caminho, obriga David a alterar o plano inicial e passar o fim de semana na casa de seus tios, antes de prosseguir com a viagem. O cineasta Alexander Payne adota acertadamente um tom tragicômico, apostando em uma fotografia belíssima em preto e branco e em um enredo que versa sobre as situações corriqueiras do cotidiano. Os momentos ternos e cômicos surgem naturalmente, da interação entre os personagens e, mesmo que a família da tela não tenha nada em comum com as nossas, surge uma implacável empatia. Nebraska conta ainda com algumas cenas geniais e memoráveis, como o momento em que a mãe de David vai contando a ele, de maneira ácida e debochada, a história da família de Woody diante dos sepulcros no cemitério. Outra ótima e hilária sequência é a do roubo do compressor de ar. A atuação de Bruce Dern é tão convincente que chega a ser absurda, nos levando às lágrimas e às risadas em diversos momentos. A dinâmica do elenco é magnífica. Não vejo exagero em afirmar que é dos mais belos filmes que já vi. A trilha sonora apenas coroa de maneira inspirada este pequeno espetáculo conduzido por Alexander Payne.
Philomena (Stephen Frears)
★★★½
Philomena é um filme sensível, plasticamente belo, bem elencado, melancólico e agradável, mesmo com algumas armadilhas criadas pelo roteiro para manipular o espectador. A trilha sonora perfeita, assim como a de Nebraska, captura bem a essência da narrativa. A história se concentra na busca de uma mãe pelo seu filho tirado de si há 50 anos pelas freiras de um convento na Irlanda e vendido para uma família norte-americana. Esta foi uma forma de punição pelo fato de a personagem-título ter “pecado” ao se entregar a um jovem, acarretando em sua gravidez precoce . O filme apresenta alguns embates interessantes acerca da igreja católica, do castigo divino e questionamentos sobre Deus. Contudo, isso é apenas pincelado sem nunca se converter em foco principal. Mas ainda assim serve como um bom plano de fundo para uma trama que simplesmente ilustra o amor de uma mãe. Philomena poderia ir muito além como uma história de superação e autodescoberta. Mas se rende a alguns clichês e momentos demasiadamente melodramáticos, como o recurso do flashback, que é sempre a saída mais fácil para tornar a narrativa mais compreensível e de melhor entendimento ao espectador. É um filme bem bonito, com algumas belas passagens que conquistam o espectador ora pela delicadeza, ora pelos momentos trágicos, sem nunca impactar de fato. Na maior parte das vezes, recorre a mecanismos simplórios e convencionais que prejudicam o conjunto, mas não são capazes de diminuir suas qualidades. Os melhores momentos do longa estão a cargo da interação de Steve Coogan e Judi Dench, ambos inspirados. O momento em que ela narra toda a história de um romance que acabou de ler e depois tenta emprestá-lo para o jornalista, é hilário. São cenas como esta que mostram bem as distinções de personalidade da dupla – mesmo que a improvável relação de cumplicidade entre o jornalista cético e a mulher humilde e com uma fé inabalável não seja nenhuma novidade. A conversa sobre Deus que eles tem pouco antes de Philomena ir se confessar, é outro dos achados do roteiro. Não é exatamente memorável, mas também não é medíocre como tantos críticos insensíveis apontaram. É uma Sessão da Tarde emocionante, para se assistir com a família nos dias de inverno rigoroso.
Andrizy Bento