Há algum tempo, meu colega, Windson Alves, escreveu um artigo aqui no site, elencando e comentando sete filmes ambientados na famosa década perdida, ou seja, os anos 1980. Aqui, lhes apresento a parte 2 do post, falando de mais cinco filmes que retratam a referida década e que vale muito a pena serem citados. Continuar lendo Mais Filmes Ambientados na Década Perdida
Arquivo mensal: abril 2020
[O que rever na quarentena] Marvel’s The Avengers: Os Vingadores (2012)
Em comemoração aos oito anos desse grande evento!
“Havia uma ideia. Stark sabe disso. Chamada de Iniciativa Vingadores…”
Na cena pós-créditos do longa inaugural do MCU, Homem de Ferro, de 2008 – e que, na época, pouca gente viu, pois foi a própria Marvel que tornou tendência manter o espectador na poltrona da sala de cinema até o fim dos créditos – Nick Fury (Samul L. Jackson) surge diante de Tony Stark (Robert Downey Jr, no papel de sua vida) repreendendo o playboy, filantropo e gênio da tecnologia, por ter anunciado ao mundo, durante uma coletiva de imprensa, que era o Homem de Ferro. O diretor da SHIELD (Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão) ainda faz questão de salientar para Stark que ele não é o único e que outros vieram antes dele. O objetivo desse diálogo pouco amistoso é conscientizar Tony acerca da Iniciativa Vingadores.
O próprio Stark, posteriormente, dá as caras no, hoje praticamente esquecido (e renegado por seu próprio diretor), O Incrível Hulk de Louis Leterrier – também de 2008, e que trazia Edward Norton no papel do gigante esmeralda, ao invés de Mark Ruffallo – falando com o General Ross (William Hurt) sobre a tal iniciativa.
Após a inserção de alguns easter-eggs em Homem de Ferro 2 (2010) – com a exibição do escudo do Capitão América em uma passagem bem-humorada e o Mjölnir de Thor em sua cena pós-créditos – foi a vez destes heróis ganharem seus filmes solos de origem em 2011 e, assim, pavimentarem o caminho para tão aguardada reunião dos clássicos personagens da Marvel Comics nos cinemas. Um evento que tomou as telas em 2012 com o primeiro longa dos Vingadores.
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[O que ver na quarentena] 7 Canais do Youtube Que Vale a Pena Conferir
O Youtube foi fundado em fevereiro de 2005, em San Mateo, no estado da Califórnia, Estados Unidos, por três ex- funcionários do PayPal: Jawed Karim, Steve Chen e Chad Hurley. Creio que, naquela época, eles nem sonhavam com a potência que sua ferramenta se tornaria dentro de pouco tempo. A mais popular dentre as plataformas de compartilhamento de vídeos é, hoje, de propriedade da Google (que irá dominar o mundo em algum ponto do futuro) e nela estão hospedados vídeos dos mais diversos gêneros, dentre videoclipes, trailers, filmes, reportagens, cenas curiosas, vídeos virais, fotoclipes, videoarte, fanvideos, vídeos amadores, vídeos profissionais, vídeos novos, vídeos antigos…
Grandes veículos de comunicação possuem seu próprio canal no youtube a fim de difundir e reproduzir conteúdos já exibidos em outras de suas mídias e redes, como a televisão ou portais noticiosos. Estúdios de cinema contam com canais oficiais na plataforma para compartilhar material promocional de seus filmes. Grandes nomes da indústria fonográfica, bem como músicos novatos, utilizam a ferramenta para promover seu trabalho. Anônimos gravam vídeos em casa falando sobre os mais diversos assuntos e upam no youtube.
A plataforma substituiu a televisão no imaginário de muita gente, especialmente da geração mais jovem. O termo youtuber se popularizou, referindo-se àqueles que criam e compartilham conteúdo para o site. Tem muita gente que encara o termo com preconceito (eu, por exemplo) porque hoje qualquer pessoa tem um canal no youtube para postar o que quiser. Às vezes sem filtro, sem pesquisa, sem responsabilidade, disseminando informações falsas (e aqui aplicamos outro termo que se popularizou: fake news). E, dependendo do número de inscritos em seus canais, portam-se como verdadeiras celebridades por aí… Lembram do que o Andy Warhol costumava dizer? No futuro, todos terão seus quinze minutos de fama. Ele acertou em cheio. Basta postar um vídeo que atraia milhões de espectadores para o seu canal e pronto. A pessoa já se acha no direito de ter camarim exclusivo e fazer pedidos excêntricos do tipo 800 toalhas brancas e 1200 garrafas d’água.
Mas apesar do ego que trouxe a fama negativa ao termo youtuber, existe, sim, uma galera produzindo conteúdo de qualidade para a plataforma. E, nessa quarentena, uma das dicas para ajudar a passar o tempo e enfrentar o tédio, é maratonar os vídeos dos canais listados abaixo. Tem para todos os gostos: nostalgia, cinema, novela mexicana, televisão, música pop, literatura e fofocas. Lembrando que, neste post, só foram elencados canais brasileiros. Quem sabe, em uma próxima oportunidade, não trazemos dicas de canais de outros lugares do mundo?
Por enquanto divirtam-se com as 7 dicas de canais que separamos para vocês.
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[O que não ver na quarentena] After
Os posts da quarentena estão resgatando lançamentos de “abrils” passados. Afirmo que não foi intencional. Contudo, a coincidência é interessante e vem bem a calhar… E como eu aprecio muito os nossos leitores, resolvi até mesmo fazer post de não-indicações. Afinal, se você não quer que seu período de isolamento seja um tempo perdido, é bom alertá-los, também, do que não assistir.
Primeiramente, convém dizer que, como alguém que se formou defendendo um trabalho de conclusão de curso cujo tema era Cultura do Fã, acho que fanfiction (ficções escritas por fãs que tomam como base narrativas já existentes) é uma atividade extremamente sadia, além de criativa. Evidencia também que fãs não se restringem ao papel de consumidores passivos e participam do universo da obra que admiram de maneira bastante ativa, produzindo conteúdo ao invés de apenas recebê-lo.
O problema das fanfics está algumas autoras que, muitas vezes, nem são fãs da obra a partir da qual produzem fanfics. Escrevem para poder angariar popularidade, pegando carona no sucesso do livro, filme ou série do momento; conquistar leitores; para depois, em uma jogada esperta, tirarem a publicação das fics do ar e lançarem como “originais”. Dessa forma, tiram proveito de algo que já possui um fandom consolidado. Outro problema está no fato de que as fanfics de sucesso são as mais clichês e mal construídas, que se apoiam nas piores muletas narrativas imagináveis e, geralmente, centradas em romances tóxicos ou abusivos, com protagonistas vivendo uma situação de codependência nada saudável. Assim, não intriga o fato da fanfiction, uma atividade que, reforço, é muito saudável, ainda ser alvo de tanto criticismo e preconceito…
Por favor, acreditem em mim quando digo que há muitas fanfics boas e de absurda qualidade sendo escritas por autoras talentosas. Basta garimpar um pouco. Mas, infelizmente, como já citado anteriormente, são algumas das piores, das safras das mais mal escritas que se tornam famosas, viram livros e filmes. Basta ver que os exemplares de maior destaque do gênero são a famigerada Cinquenta Tons de Cinza, fanfic de Crepúsculo, que vendeu milhões de livros e rendeu uma trilogia cinematográfica repelente, e esta, After, um fenômeno da plataforma colaborativa Wattpad, publicada primeiramente como fanfic de One Direction e, posteriormente, como um original, com os nomes dos personagens tendo sido alterados para a versão em livro físico. Continuar lendo [O que não ver na quarentena] After
[O que ver na quarentena] Quicksand – e uma reflexão sobre os casos de massacres em escolas
20 de abril de 1999. Dylan Klebold e Eric Harrys, 17 e 18 anos, respectivamente, entraram armados em uma escola no Colorado, Estados Unidos, e dispararam contra estudantes e docentes. Mataram 13 alunos e um professor, trocaram tiros com policiais que chegaram ao local e se suicidaram durante o confronto. Tornou-se um dos casos de massacres em escolas mais emblemáticos da história americana, mas, infelizmente, não foi o último.
Ocorreram casos semelhantes na Virginia, também nos Estados Unidos, em 2007, sendo um dos mais sangrentos, executado pelo estudante sul-coreano Seung Hui Cho, que assassinou 32 pessoas; em Winnenden, na Alemanha, em 2009, cujo autor era um antigo estudante da escola e vitimou 16 pessoas; e no Realengo, Rio de Janeiro, em 2011, quando Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos também ex-aluno, armado com dois revólveres, matou 12 estudantes, em sua maioria meninas, e terminou por dar um tiro na própria cabeça. Mais recentemente tivemos outros dois trágicos episódios ocorridos no Brasil. Em março de 2019, em Suzano, na Grande São Paulo, dois jovens armados entraram em um colégio, fazendo cerca de oito vítimas e ferindo outras nove pessoas. Em novembro do mesmo ano, um estudante de 17 anos de Caraí, no Vale do Jequitinhonha, invadiu a escola em que estudava, trajado de preto da cabeça aos pés, armado com uma garrucha e um facão, ateou fogo a mochilas de colegas e disparou contra os alunos, ferindo dois deles.
E quando crimes como esses ocorrem, a tendência da mídia e do público (geralmente pautado pela primeira) é a de procurar culpados que nunca são, de fato, os atiradores. A culpa, não raramente, recai sobre jogos violentos, o excesso de violência em filmes e programas de televisão, a péssima influência exercida pelo conteúdo que jovens absorvem na internet. É próprio do ser humano terceirizar até mesmo a culpa. A responsabilidade é sempre de fatores externos, quando, na verdade, creio que é preciso um olhar mais atento e cuidadoso para o interior dos jovens.
[Para ouvir na quarentena] Brothers in Arms (1985) – Dire Straits
Data de lançamento: 13 de maio de 1985
Duração: 39:54 (LP) e 54:40 (CD)
Faixas: 9 faixas
Estilo: Rock
Lado A:
So Far Away (3:59 no LP e 5:12 no CD)
Money For Nothing (7:04 no LP e 8:26 no CD)
Walk of Life (4:12 no LP e no CD)
Your Latest Trick (4:46 no LP e 6:33 no CD)
Why Worry (5:22 no LP e 8:31 no CD)
Lado B:
Rise Across The River (6:58 no LP e no CD)
The Man’s Two Strong (4:40 no LP e no CD)
One World (3:40 no LP e no CD)
Brothers in Arms (7:00 no LP e no CD)
Produção: Neil Dorfsman e Mark Knopfler
Gravadora: Vertigo Records
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