Mais um ano que se encerra e, desta vez, não foi fácil pra ninguém. Infelizmente, 2020 termina nos dando aquela sensação de que o ano foi perdido. Lamentamos inúmeras perdas; os diversos óbitos passaram a ser assustadoramente comuns e recorrentes em nosso dia a dia; muitos negócios cerraram as portas; o índice de desemprego é grande e alarmante… Afetou todos nós, em maior ou menor grau. Muitos planos tiveram de ser postergados, sonhos adiados, compromissos cancelados, espaços que frequentávamos agora se encontram tristemente vazios.
Mas creio que nada é mais triste do que ter de assistir de camarote ao descaso, tanto dos nossos governantes quanto da população, diante de um vírus que parou o mundo todo e encerrou vidas precoce e abruptamente. Irresponsabilidade, falta de consciência e empatia, demonstrações corriqueiras de egoísmo. Fomos assaltados de todos os lados pela pandemia em si e por todas as consequências desastrosas decorrentes dela e da falta de humanidade das pessoas. É cruel fazer um balanço desse ano e prefiro pausar por aqui as minhas reflexões acerca deste sombrio 2020 que se despede sem, infelizmente, sinalizar mudanças positivas em 2021. Por enquanto, ficamos aqui à espera da vacina e terminamos um ano com mundo infelizmente doente, não só devido ao COVID-19, mas também por conta da ignorância de muitos.
Obviamente, tivemos poucas estreias cinematográficas. O momento pandêmico fez com que os cinemas fechassem as portas por tempo indeterminado. Tivemos lançamentos via streamings, mas não foram tantos. E a verdade é que foi difícil se concentrar e assistir a um filme diante de toda essa situação. Eu mesma assisti menos filmes do que o habitual e poucas coisas me cativaram de verdade. Não tivemos nada de muito apaixonante. Foi um momento também para esfriar a cabeça e, precisando de um pouco de humor escapista, descobri e redescobri várias coisas durante a quarentena, como as séries Community e The Good Place e, aos 45 do segundo tempo, curti um romance com o hit recente Bridgerton. Retornando ao campo da comédia, revisitei os longas do Monty Python, assisti Brazil de Terry Gilliam e as leituras não ficaram para escanteio: reli The Outsiders: Vidas Sem Rumo de S.E. Hinton – relançado por aqui pela Instrínseca em uma edição maravilhosa para fã nenhum colocar defeito -, e estou empenhada em terminar Duna de Frank Herbert antes da nova adaptação para as telas, a cargo de Denis Villeneuve, entrar em cartaz.
Abaixo, listo os meus favoritos de 2020, nas categorias Filmes, Séries e Leituras.