Cinco filmes estrelados por David Bowie

Um artista completo e avant-garde. Não é à toa que David Bowie conquistou o apelido de Camaleão do Rock. Além de deixar um legado enorme na música, também é lembrado por sua notável e singular carreira como ator, tendo sido escalado para o elenco de produções cinematográficas marcantes, vivendo os mais diversos papéis. Pontas interpretando ele mesmo, personagens coadjuvantes, papéis de protagonista… Bowie era sempre elogiado pela crítica por suas atuações irreverentes.

Aqui, vamos falar sobre cinco filmes que ele protagonizou:

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Star Wars: Episódio IX – A Ascensão Skywalker

Não é à toa que o termo Space Opera se aplica tão bem à saga Star Wars. A franquia criada por George Lucas no final da década de 1970 é um novelão espacial que conquistou uma legião de fãs declaradamente apaixonada e fiel, a transformando em um verdadeiro objeto de culto, propiciando que a obra se estendesse para além do cinema e deixasse sua marca impressa em outros níveis da cultura pop. Esses fãs conhecem com precisão cirúrgica cada detalhe de roteiros, livros, graphic novels, animações e jogos de videogame estrelados pelos personagens da emblemática saga. Portanto, é uma escolha até sensata da parte de produtores e roteiristas agradar aos fãs.

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Scary Monsters (1980) – David Bowie

Data de lançamento: 12 de Outubro de 1980
Duração: 45:08
Faixas: 10 faixas
Estilo: Art Rock, New Wave e Pós-Punk
Produção: David Bowie e Tony Visconti
Gravadora: RCA

Lado A
It’s No Game (No. 1)
Up the Hill Backwards
Scary Monsters (And Super Creeps)
Ashes to Ashes
Fashion

Lado B
Teenage Wildlife
Scream Like a Baby
Kingdom Come
Because You’re Young
It’s No Game (No. 2)

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Vencedores do SAG Awards 2020

Parasita levou o prêmio principal da noite, de Melhor Elenco

Na noite de ontem, domingo, 19 de janeiro, conhecemos os vencedores do SAG Awards 2020. A premiação, que se encontra em sua 26ª edição, teve sua cerimônia realizada no Shrine Auditorium, em Los Angeles, e não contou com apresentador, nem foi exibida pela TNT aqui no Brasil, como de costume…

Parasita, o longa sul-coreano dirigido por Bong Joon-ho fez história na premiação ao ser o primeiro filme estrangeiro a vencer a categoria mais importante da noite, de Melhor Elenco. Com isso, a produção dispara na frente e se torna um dos favoritos ao Oscar de Melhor Filme. Mas,embora essa tenha sido uma vitória inusitada que surpreendeu tanto os palpiteiros e especialistas quanto espectadores randômicos, a maior parte das categorias trouxe algumas barbadas. É o caso de Joaquin Phoenix que arrematou o prêmio de Melhor Ator em Filme por sua performance em Coringa, e ainda aproveitou para citar o saudoso Heath Ledger em seu discurso de agradecimento ao receber o prêmio, afirmando que ator que interpretou o icônico vilão em Batman: O Cavaleiro das Trevas é o seu intérprete favorito. Vale lembrar que Ledger recebeu um prêmio póstumo da Academia por seu desempenho como Coringa.

Outras vitórias previsíveis foram a de Renée Zellweger como Melhor Atriz em Filme por Judy, Brad Pitt como Melhor Ator Coadjuvante por Era Uma Vez… em Hollywood e Laura Dern como Melhor Atriz Coadjuvante por sua brilhante performance em História de um Casamento.

The Marvelous Mrs. Maisel foi premiado como o Melhor Elenco em Série de Comédia

As categorias televisivas também consagraram os favoritos. A ótima The Marvelous Mrs. Maisel levou o prêmio de Melhor Elenco em Série de Comédia. Pelo mesmo show, Tony Shalhoub foi premiado como Melhor Ator em Série Cômica e, obviamente, Phoebe Waller-Bridge venceu na categoria de Atriz em Série de Comédia por Fleabag. E fechando com chave de ouro sua participação em Game of Thrones, Peter Dinklage, o eterno Tyrion Lannister, foi premiado como o Melhor Ator em Série Dramática.

Confira abaixo a lista completa dos vencedores do SAG Awards 2020:

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Ford vs Ferrari

“Você me prometeu uma corrida. Não uma vitória”.

Esse quote sintetiza bem o longa. E o cineasta James Mangold é feliz ao transmitir essa exata sensação ao espectador. Centrado na lendária e tensa rivalidade entre as fabricantes de automóveis Ford e Ferrari, o filme se situa em 1966, ano em que a Ford estabeleceu como seu principal objetivo derrotar a, até então, invencível Ferrari na 24 Horas de Le Mans, mais tradicional torneio automobilístico do mundo e hoje apontada como a maior corrida do planeta. Repare que a briga entre as duas companhias não era no mercado e, sim, nas pistas. Afinal, uma era famosa por conta da produção, a outra por causa do esporte. A Ford investindo pesado em sua linha de montagem. A Ferrari tinha a seu favor o glamour conquistado por conta da sua expressiva participação em corridas automobilísticas e as constantes vitórias nessa área.

A primeira metade do longa se propõe a contextualizar a história, apresentar seus personagens (inspirados em figuras reais) e estabelecer as relações e os conflitos entre eles. A segunda metade ganha fôlego e dinamismo, com as cenas de corrida garantindo ótimos momentos de tensão e adrenalina. Embora teça uma crítica sagaz e afiada ao mundo dos negócios e ao altamente competitivo ambiente empresarial (mostrando o quão frustrante é o fato de que a burocracia corporativa dita até mesmo os rumos do esporte), a intenção de Mangold ao narrar os bastidores do universo automobilístico é, sobretudo, destacar os personagens que fizeram história nas pistas. Até mesmo as corridas – magistralmente bem executadas e de encher os olhos – servem como plano de fundo.

Na pele do ex-corredor e designer de automóveis Carroll Shelby e do piloto britânico Ken Miles, Matt Damon e Christian Bale, respectivamente, apresentam uma química perfeita na tela, representando muito bem o coleguismo e cumplicidade, bem como o atrito entre os dois personagens. A dinâmica dos atores é, sem dúvida, um dos grandes achados da produção. O contido e metódico Matt Damon é um contraponto perfeito ao temperamental e explosivo Christian Bale. Mas, apesar do trabalho eficiente do primeiro, é Bale o grande destaque, daí todo o alarde em torno de sua performance nessa atual temporada de premiações.

Os longas de James Mangold podem ser definidos como brutalmente sensíveis. E a contradição não está colocada aí à toa. O cineasta não perde tempo com preciosismos e nem com melodrama nas produções que dirige (vide Logan). Mas, ainda assim, sabe como emocionar o público de modo genuíno. Habilidoso na arte de contar uma história, Mangold emprega os artifícios certos para garantir a atenção e o interesse do espectador e é perspicaz ao dosar e equilibrar os diferentes elementos dramáticos que compõem sua narrativa. Ford vs Ferrari impressiona, sobretudo, pela técnica e estética apurada. A montagem, merecidamente indicada ao Oscar deste ano, confere um ritmo acertado à produção. Sentida ausência de indicações nas categorias de cinematografia e direção de arte – uma vez que o filme é repleto de planos elegantes e inspirados (especialmente no tocante aos ângulos durante as cenas de corrida) e o trabalho de recriação do período em que se passa a trama é bastante caprichado.

Distanciando-se do tom solene das produções que visam agradar a Academia, Mangold faz um longa biográfico cuidadoso, tecnicamente notável e o resultado agrada. Dificilmente será o filme favorito de alguém. Por vezes, soa desnecessariamente longo e até mesmo mais voltado a um público segmentado – os amantes de carros velozes e os aficionados por competições automobilísticas. Para estes, certamente, Ford vs Ferrari é um filme nada menos que deslumbrante. Mas os amantes de bom cinema também encontram na produção assinada por Mangold um ótimo entretenimento com uma proposta visual e narrativa bem acima da média.

Andrizy Bento

Adoráveis Mulheres

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“Quem se interessa por uma história de lutas e alegrias domésticas?”

Pelo visto, muita gente. Afinal, o livro de Louisa May Alcott é um sucesso de vendas que vem atravessando e encantando gerações há mais de 150 anos, uma vez que sua primeira publicação data de 1868. Considerada atemporal, a obra já ganhou inúmeras adaptações para televisão e cinema, sendo a versão de 1933, estrelada por Katharine Hepburn, uma das mais famosas, premiada com um Oscar de melhor roteiro e indicada às estatuetas de melhor direção e melhor filme. Uma das adaptações mais recentes a ganhar as telas foi lançada em 1994, protagonizada por Winona Ryder e, possivelmente, é a que esteja mais viva na memória dos fãs do livro. Pelo menos até agora. A talentosa cineasta Greta Gerwig (que roteirizou e estrelou o cultuado Frances Ha de Noah Baumbach e assinou a direção de outro indie bem-sucedido, Lady Bird: A Hora de Voar) é a responsável pela sexta adaptação cinematográfica da obra de Alcott para o cinema e realiza um bom trabalho de transposição deste clássico da literatura para a telona. Continuar lendo Adoráveis Mulheres