Favoritos de 2016 – Séries

Falar de séries é fácil, mas enquadrá-las em categorias é árduo e complicado. O que pode ser ruim para alguns, pode ser excelente para outros. Mas, povo, estamos no fim de 2016 e essa época exige um balanço do ano que passou. E tivemos um bom ano… No que diz respeito a séries de televisão, pelo menos.

Eis a lista:

Melhor série:

Mr. Robot

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Em seu segundo ano, Mr. Robot adentrou de vez a psicodelia tanto no tocante ao texto quanto ao visual. A narrativa deu um nó na cabeça do espectador, mas um nó delicioso de se desfazer. Continuamos acompanhando a jornada do hacker antissocial, solitário e viciado em morfina, Elliot, e, na segunda temporada, fomos arremessados diretamente para dentro de sua mente alucinada. Não é um bom lugar para se viver, mas uma vez que adentramos este soturno terreno, não queremos sair até descobrir toda a verdade. Sem falar na força das personagens femininas, como é o caso de Darlene, Angela e Dom. E o episódio da sitcom foi o ponto alto da temporada, especialmente pela maneira inteligente e inventiva com que o roteiro brincou com a mitologia da série.

Game of Thrones

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O sexto ano de GoT marcou a primeira temporada da série que ficou a frente dos livros. Assim sendo, foi uma surpresa para todos, já que o livro no qual seria baseada, ainda não foi lançado. Quem não chorou com a já clássica cena protagonizada por Hodor? quem não saiu quicando de felicidade com Ramsay Bolton sendo devorado por cachorros? Sem falar na emoção de ver a família Stark, finalmente, de volta ao norte; Cersei vendo todo mundo pegar fogo; e a Batalha dos Bastardos, o melhor episódio do ano, sem dúvidas.

Melhor retorno:

Humans

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A segunda temporada de Humans é puro luxo. A série que narra um futuro não muito distante em que todas as famílias possuem um sintético com aspecto humano apresentou uma evolução notável. Arcos ainda mais interessantes foram delineados para os personagens e foi fascinante ver a revolta dos sintéticos e os humanos se portando tal qual os robôs. O medo de que a produção caísse na repetição ou no tédio, se mostrou totalmente infundado diante do crescimento de personagens, aprofundamento de questões temáticas intrigantes, uma série de reviravoltas e da adição preciosa de Carrie-Anne Moss. Em seu segundo ano, Humans ofereceu a seus espectadores uma trama ainda mais madura e bem estruturada.

Marvel’s Daredevil

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Nessa segunda temporada, o Demolidor adentrou terrenos pantanosos, envolvendo forças sinistras e nebulosas que fizeram a Yakuza, a máfia italiana e um cartel mexicano parecerem brincadeira de criança. Para completar, ainda contou tanto com a ajuda quanto com o antagonismo de Frank Castle, o Justiceiro, e de sua ex-namorada, Elektra Natchios – que diferentemente de Matt Murdock, não obedecem a nenhum código de ética. Com arcos dramáticos bem resolvidos, personagens carismáticos, um visual elegante e ação e suspense bem dosados e pontuados, tivemos uma segunda temporada ainda melhor do que a primeira. Marvel’s Daredevil é televisão de qualidade e uma adaptação de HQs bem-sucedida, superior, inclusive, a muitos filmes baseados em quadrinhos. Uma joia fina e rara dentre as produções seriadas atuais.

Gilmore Girls

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Não teve como não vibrar com a volta das garotas Gilmore. Elas estavam em sua melhor forma e foi fantástico retornar a Stars Hollow. Ah, e os dez terços continuam de pé. Nossa Senhora das Séries, queremos outra temporada por favor!

Melhor série nova:

Preacher

Jesse Custer

A série em live action respeita o canône, mas apresenta mudanças pontuais compreensíveis em relação à obra original – o produto final mantém a essência, mas é funcional enquanto televisão exatamente por conta dessas alterações. Desse modo traz um equilíbrio entre o gore e o caráter bizarro da HQ e uma visão mais realista dos acontecimentos, condizente com o meio ao qual foi adaptada. A primeira temporada é uma introdução feita para embasar toda a road story que irá se desenrolar mais para frente, representando um ponto de partida, o que foi uma decisão acertada. A segunda temporada promete ser mais fiel à trajetória dos quadrinhos. No mais, Preacher nos presenteou com um texto inteligente, muito humor negro, ótimos efeitos visuais, cenas emblemáticas, fanservice e se tornou uma das melhores estreias do ano em termos de produções televisivas. Desculpaê, Netflix e HBO, mas a emissora de The Walking Dead e Breaking Bad mandou muito melhor.

This is Us

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A série que narra a relação entre um grupo de pessoas diferentes nascidas na mesma data é, sem dúvidas, a melhor coisa da temporada. Teve um piloto fora do normal de tão bom. O espectador desavisado pode dizer que é só mais uma produção repleta de clichês dramáticos, mas quem disse que clichês são ruins? Ruim mesmo é clichê mal feito.

Melhor piloto:

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A série já começou instigante. Baseada no filme  Westworld- Onde Ninguém Tem Alma, de 1973, a produção é uma mescla de sci-fi, western e drama, situada em um futuro tecnologicamente avançado,  no qual um parque temático chamado de Westworld – e que simula o Velho Oeste – é a maior atração da história. A trama lançou uma série de questionamentos e deu margem para a elaboração de inúmeras teorias que movimentaram fóruns de discussão pela internet afora. Nesse quesito, bebeu da fonte de Lost com louvor. E o piloto é suficiente para te deixar curioso acerca de como a historinha vai se desenrolar.

Stranger Things

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A vibe nostálgica e as referências à década de 1980 atraíram de imediato, mas a trama já jogou o espectador em uma narrativa envolvente desde o primeiro episódio se sustentando por um suspense bem justificado e pela química instantânea entre os carismáticos personagens – especialmente entre os atores mirins, lógico! O desaparecimento de Will e o surgimento de Eleven nos mantiveram cativos e cheios de curiosidade em frente à telinha, mas Winona Ryder dando tudo de si foi o destaque da produção.

Pior série:

Arrow

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A transposição do Arqueiro Verde das páginas dos quadrinhos da DC Comics para a telinha da TV, na emissora com a pegada mais teen dos Estados Unidos, a CW, começou promissora para depois esbarrar no desconcertante angst romântico, dando muita atenção ao ship Olicity – que virou uma febre insuportável e praticamente delimitou todo o rumo da produção nas temporadas 3 e 4. A quinta temporada prometia um arco mais interessante, com Oliver Queen tornando-se o novo prefeito de Star City, mas a produção continua em queda, tentando forçar a barra para atrair novamente o público e se perdendo definitivamente. Já passou da hora de acabar.

MacGyver

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Apenas cortem o fornecimento de maconha mofada na CBS, porque só isso explica a aprovação de MacGyver, ela é fora do tom, fora do eico a audiência só é explicada  pelo carinho pela serie original. Mas é impossível que isso dure mais que uma temporada.

Pior piloto:

Pure Genius

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Pure Genius, Notorious, Bull, MacGyver, Conviction… A concorrência aqui é árdua (e não é de se estranhar que sejam produções da CBSABC). Mas, com certeza, Pure Genius ganha de lavada. Amigos, ela não conseguiu nem ser mais do mesmo em uma série médica. Nada nesse show funciona. Fujam para as colinas se, por um acaso, Pure Genius surgir na sua frente.

Legends of Tomorrow

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O piloto é repleto de obviedades, clichês desconcertantes, piadinhas metidas à espertas, humor involuntário, traz um texto incoerente e alusões à mitologia da DC Comics que soam bem forçadas e artificiais. Para completar, a ação é chinfrim e as atuações, terríveis. Pelo menos no piloto Legends of Tomorrow se mostrou uma versão de Power Rangers com orçamento melhor. Apenas isso.

Adendo: Muita coisa ficou de fora, sabemos! The Walking Dead teve uma season premiere bacana, mas faz tempo que se encontra na lista de séries que já deveriam ter acabado. Ninguém aqui viu Luke Cage, que vergonha! Pelo menos, vai ficar para 2017. Pior é Black Mirror que ninguém aqui assiste e, pelo andar da carruagem, vão continuar sem assistir. Agents of SHIELD permanece sendo a escolha idiossincrática da editora do blog na lista de favoritos. Ela avisa que mais pessoas deveriam ver 😉 Na lista dos cancelamentos mais tristes está Agent Carter.  E, por Odin, como tem série baseada em quadrinhos nessa lista…

Um bom 2017, repleto de seriados para todos vocês!

Gaby Matos
Andrizy Bento
Kaio Dantas

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