1984 é o título do mundialmente conhecido romance de George Orwell. Inclusive, o filme baseado no livro chegou aos cinemas naquele ano. Veja o trailer:

O longa narra a história do inexpressivo Winston vivendo em uma sociedade totalitária em que emoções são proibidas e o controle e vigilância são constantes a cargo do temido Grande Irmão (de onde foi tirado o nome daquele reality show que você assiste na Globo). Trata-se da mais famosa distopia de todos os tempos. A história se situa depois da Guerra Atômica, em Oceânia – uma das três potências políticas que, juntamente com Eurásia e Lestásia, formam o mundo na visão do futuro de Orwell. Winston é o funcionário do Ministério da Verdade – Os outros ministérios são o do Amor, da Fartura e da Paz.

Sério, é uma das histórias mais brilhantes já escritas. E o filme é uma excelente adaptação dirigida por Michael Radford e estrelada por John Hurt.

E, por falar em cinema, que ano bom para se frequentar as salas de projeção. Dentre as estreias do glorioso 84, se destacam: Um Tira da Pesada, Footloose, Duna, Asas da Liberdade, Frankenweenie, Os Caça-Fantasmas, Gremlins, Indiana Jones e o Templo da Perdição, Karate Kid, Pesadelo em Elm Street, Era Uma Vez na América, Splash, Mais Estranho que o Paraíso, Ruas de Fogo, Exterminador do Futuro, Top Secret! e, meu favorito, Paris, Texas que ganhou a Palma de Ouro na 37ª edição do Festival de Cannes daquele ano.

Se eu tivesse vivido 1984, não sairia do cinema…

Também foi em 84 que Paul Dano, o ótimo ator de Sangue Negro, nasceu. Não só ele como a estonteante Scarlett Johansson.

Por outro lado, nos despedíamos do cineasta francês, expoente da Nouvelle Vague francesa, François Truffaut, cuja filmografia apresenta pérolas como Os Incompreendidos e A Noite Americana. Outro que faleceu naquele ano, foi o diretor de cinema americano Sam Peckinpah, responsável pelo clássico Meu Ódio Será Sua Herança, além do ator britânico Richard Burton, astro de filmes como Quem Tem Medo de Virginia Woolf, Cleopatra, A Megera Domada e, olhem só, do próprio 1984.

Na música, os ícones do pop, Madonna e Michael Jackson se consagravam. O rei do pop batia o recorde de oito Grammys com o álbum Thriller de 1982 que entrou para o livro dos recordes como o mais vendido da história. Já a rainha lançava o clássico disco Like a Virgin e fazia uma apresentação antológica, vestida de noiva, e interpretando a música que dava título ao álbum em seu primeiro de muitos e muitos VMA’s (MTV Video Music Awards) que viriam pela frente.

Mas Like a Virgin e Thriller não foram os únicos hits daquele ano a fazer história. O excêntrico Prince apresentou ao mundo seu Purple Rain.

Cindy Lauper, não precisa ficar com ciuminho de Madonna, não. Você ganhou seu Grammy pelo divertido vídeo de Girls Just Wanna Have Fun.

1984 também foi o ano da balada melosa Still Loving You dos Scorpions, faixa do disco Love at First Sting.

Aqui no Brasil, dois momentos musicais de que gosto muito: o Fullgás de Marina Lima chegava às prateleiras de discos e a balada O Último Romântico de Lulu Santos virava hit radiofônico.

Para completar, Sonífera Ilha dos Titãs era simplesmente a música mais executada nas rádios brasileiras.

O músico Junior Lima, o irmão de Sandy, filho do Xororó, chegava ao mundo. Além dele, as cantoras Avril Lavigne, Katy Perry e Nicki Minaj, além de James Morrison, músico britânico, conhecido por sucessos como This Boy.

Nosso querido Marvin Gaye se despedia dessa vida, assassinado pelo próprio pai.

Na telinha brasileira, as novelas Vereda Tropical, Partido Alto e Transas e Caretas faziam história na emissora do Plim Plim e também no imaginário popular.

Mas nada foi mais importante naquele ano do que o fato que irei citar a seguir: em 1984, mais precisamente no dia 24 de agosto, na emissora de Silvio Santos, o SBT, era transmitido pela primeira vez em território nacional o humorístico mexicano Chaves!

Ah, 84! Entrou mesmo para a história

Kaio Dantas