Original:
Composição do guitarrista Mick Jones, Train In Vain é canção que encerra o clássico álbum London Calling de 1979, terceiro trabalho da banda de punk rock britânica The Clash. A princípio, a música nem entraria no disco, mas, no último minuto, o grupo resolveu adicioná-la como uma faixa oculta. Curiosamente, o Clash lançou Train in Vain como terceiro single de trabalho do álbum e, posteriormente, a faixa figurou como a primeira do grupo a alcançar o top 30 das paradas musicais dos Estados Unidos.
A letra fala sobre um relacionamento volátil, em que uma pessoa diz a quem a ama que pode enfrentar qualquer coisa na vida, menos viver sem ela. Já a pessoa do outro lado não quer mais viver presa a esse relacionamento. Jones fez a música para sua ex-namorada, Viv Albertine, do Slits, sendo uma resposta a Typical Girls, canção também lançada em 1979, interpretada por Albertine com sua banda.
Segundo a própria, o guitarrista sempre pegava o trem e parava em frente à sua casa, mas ela nunca o deixava entrar, e também disse que ficou orgulhosa em tê-lo inspirado a escrever a música que é tema deste artigo. Aliás, o título está oculto na letra da música, não sendo citado em nenhum momento. Mick Jones até forneceu uma explicação para embasar seu sentido, dizendo que a faixa seguia como o ritmo do trem e nela havia ainda aquela sensação de se estar perdido. Na ocasião de seu lançamento, alguns fãs deduziram que a canção se chamaria Stand by Me, por ser a frase que mais se repete no refrão.
Versão:
Banda que nunca negou a influência do Clash em seu repertório, o Ira! gravou, em 2004, o segundo álbum ao vivo de sua longa trajetória, sendo parte do projeto Acústico MTV. A faixa inicial do CD é uma versão em português de Train in Vain intitulada Pra Ficar Comigo. A letra, idealizada pelos quatro integrantes da formação presente na realização do acústico, segue basicamente o mesmo enredo da versão original, com algumas alterações de palavras – necessárias para poder se ajustar à métrica da música.
Adryz Herven