Fãs de Bernard Cornwell, de As Crônicas Saxônicas e da série The Last Kingdom, disponível na Netflix, preparem-se: a Record lança o 12º volume da célebre saga, intitulado A Espada dos Reis. Outro destaque literário de outubro é o instigante e promissor suspense investigativo Nunca Saia Sozinho de Charlie Donlea que compreende uma das novidades do mês da Faro Editorial. Pautas urgentes e atuais são abordadas e debatidas em publicações tais quais o elogiado Garota, Mulher, Outras de Bernardine Evaristo, que sai pela Companhia das Letras, trata de identidade, raça e sexualidade, e foi o vencedor do Booker Prize em 2019; e Na Corda Bamba, romance de estreia de Kiley Reid, que fala sobre o racismo cotidiano, o quão destrutivo ele pode ser, e é um dos destaques da Arqueiro. Falando nela, a editora traz mais dois títulos de Harlan Coben com nova identidade visual, Desaparecido Para Sempre e Seis Anos Depois, e ainda lança o inédito Custe O Que Custar do mesmo autor. A Skript Editorial apresenta Pequenos Contos De Grandes Mestres Do Terror e esse nome não é à toa – a publicação reúne contos de grandes nomes da literatura como H.P. Lovecraft, Edgar Allan Poe e Mary Shelley só para citar alguns. Por último, mas não menos importante, a Veneta publica por estas bandas Deserama, primeiro romance do premiado quadrinista Marcello Quintanilha. Confira abaixo capas e sinopses dos principais lançamentos literários do mês de outubro.
Dois Hussardos
Lev Tolstói
Editora 34
Publicada em 1856, um ano após os Contos de Sebastópol, que selaram a entrada triunfal de Lev Tolstói (1828-1910) no cenário das letras russas, com suas descrições vivas e diretas dos conflitos bélicos na Crimeia, Dois Hussardos, ao contrário do que se poderia esperar, é uma novela com ritmos matizados, de uma sutileza desconcertante, que revela o escritor na plena posse de seus talentos. Nela, a guerra é um pano de fundo longínquo, pois o que realmente interessa ao futuro autor de Guerra e paz, como diz Italo Calvino em concisa e brilhante análise incluída neste volume, é “a substância mesma de que se compõem as existências humanas”. Em Dois Hussardos, em um intervalo de vinte anos, pai e filho, ambos militares, detêm-se por uma noite na mesma cidade de província. O modo como interagem com seus habitantes, as seduções e as trapaças em que se envolvem, refletem muito mais do que o quadro mental de dois indivíduos: são índices das transformações profundas pelas quais passava a Rússia no século XIX. Neste que Calvino considera um dos mais belos e característicos contos de Tolstói, é possível enxergar de maneira privilegiada o modo de trabalhar do autor, no qual a aparente simplicidade narrativa oculta sempre uma profunda e complexa relação com a História.
A Espada dos Reis (Volume 12 Crônicas Saxônicas) – Edição especial limitada
Bernard Cornwell
Record
Uhtred, depois de reconquistar o lar de seus antepassados, tenta levar uma vida tranquila no norte, mas seus juramentos o fazem se envolver com as intrigas políticas do sul em A Espada dos Reis. A pré-venda, além da capa metalizada exclusiva da 1ª edição dos livros da série, inclui como brinde um pôster e um marcador de páginas metálico. É mais um momento de turbulência nos reinos. O rei Eduardo, com a saúde debilitada, não pode fazer nada para garantir uma sucessão tranquila ao trono e estabilidade política após sua morte. Há uma disputa entre dois herdeiros, Æthelstan e Ælfweard, e ninguém sabe se a frágil união dos reinos britânicos se manterá com a morte de Eduardo e o embate entre os dois herdeiros. Enquanto isso, Uhtred, após reconquistar sua querida fortaleza de Bebbanburg, mantém-se o mais distante possível das intrigas do sul, recluso na ainda independente Nortúmbria. Entretanto, um juramento é um compromisso eterno. E Uhtred prometeu a Æthelstan, seu antigo companheiro de armas e agora candidato a rei, que acabaria com qualquer pretensão de Ælfweard ao reinado. Ainda assim, Uhtred se sente tentado a ignorar o juramento e permanecer em sua solidão no norte, deixando os mércios e os saxões em sua disputa interminável por poder. Porém, quando um poderoso aliado de Ælfweard leva o conflito até a Nortúmbria e um inesperado pedido de ajuda chega a Bebbanburg, Uhtred e um pequeno grupo de guerreiros viaja para o sul, para a batalha pela realeza, um conflito que vai definir o destino da Inglaterra. Em A Espada dos Reis, o novo capítulo da saga de Uhtred e da unificação da Inglaterra, Bernard Cornwell relata de forma visceral as batalhas mais sangrentas e os conflitos políticos mais cruéis. Os livros da coleção Crônicas Saxônicas inspiraram a série The Last Kingdom, disponível na Netflix.
“É como Game of Thrones, mas de verdade” – Observer
“Uma aventura histórica em grande escala.” – Kirkus
“Ninguém descreve o período saxão melhor que Cornwell, e os leitores se sentirão felizes imersos na lama e nas maquinações do início da Idade Média.” – Booklist
Nunca Saia Sozinho
Charlie Donlea
Faro Editorial
SE ACEITAR O CONVITE, NÃO IGNORE O AVISO. Dentro dos muros de uma escola de elite, as expectativas são altas, e as regras, rígidas. Na floresta, além do campus bem cuidado, há uma pensão abandonada que é utilizada pelos alunos como ponto de encontro noturno. Para quem entra, existe apenas uma regra: não deixe sua vela apagar ― a menos que você queira encontrar o Homem do Espelho… Há um ano, dois estudantes foram mortos em um massacre terrível. Desde então, o caso se tornou o foco do podcast “A casa dos suicídios”. Embora um professor tenha sido condenado pelos assassinatos, muitos mistérios e perguntas permanecem. O mais urgente é: por que tantos alunos que sobreviveram àquela noite macabra voltaram ao lugar para se matar? Rory Moore, especialista em casos arquivados, e seu parceiro, Lane Philips, começam a investigar a noite dos assassinatos, em busca de pistas que possam ter escapado da escola e da polícia. Porém, quanto mais descobrem sobre os alunos e aquele jogo perigoso que deu errado, eles se convencem de que algo fora do normal ainda está acontecendo. O jogo não acabou. Ele prospera… em segredo, em silêncio. E, para seus jogadores, pode não haver uma maneira de vencer ou de sobreviver.
Pedro Páramo
Juan Rulfo, Eric Nepomuceno
José Olympio
“A leitura profunda da obra de Juan Rulfo me deu, enfim, o caminho que buscava para continuar meus livros.” – Gabriel García Márquez
O realismo fantástico como hoje se conhece não teria existido sem este livro. Desta fonte beberam o colombiano Gabriel García Márquez e o peruano Mari Vargas Llosa. A partir da combinação de dois elementos essenciais ao sucesso da literatura latino-amerciana – o realismo fantástico e o regionalismo -, Rulfo se destaca pela sua habilidade em contar uma história reunindo relatos e lembranças. De enredo conciso e preciso, o único romance de Juan Rulfo trata da promessa feita por Juan Preciado à mãe moribunda. O rapaz sai em busca do pai, Pedro Páramo, um lendário assassino. No caminho, encontra impressionantes personagens repletos de memórias, que lhe falam da crueldade implacável de seu pai. Em sua estrutura não há linha temporal exata, tampouco um narrador fixo. Juan Rulfo nos leva a mergulhar e a nos dissolver no turbilhão dos sentimentos de todo um povoado, em torno desse grande homem. Alegoricamente, o romance é o Méximo ferido, que grita suas chagas e suas revoluções, por meio de uma aldeia seca, onde apenas os mortos sobrevivem para narrar os horrores de sua história e política. Pedro Páramo é basicamente sobre a presença da morte em meio à vida. Um livro, de poética simples e concisa, curto e inesquecível.
No Fim Dá Certo
Fernando Sabino
Record
Descobertas e reminiscências em retratos bem humorados e ternos, do grande cronista brasileiro Fernando Sabino, agora em nova edição. Ao longo de No Fim Dá Certo – título tão expressivo quanto otimista -, o que ocorre são alguns preciosos achados, vistos com lupa por este autor tão sensível do cotidiano. Com humor característico, Fernando Sabino relaciona “Na lista das pequenas coisas que o desagradam a cada passo”: os compromissos marcados com mais de 24 horas de antecedência; responder cartas; compras a prestação; tirar gelo de formas da geladeira; qualquer espécie de farda ou uniforme; poltronas sem braços; bichos que voam, exceto passarinhos; cortar unha, especialmente do pé; luz fluorescente; poema lido pelo autor; banho frio; talher de peixe; filme dublado; despedida em aeroporto; e, curiosamente, escrever. Por outro lado, o autor também enumera algumas pequenas coisas que aprecia: dia de chuva sem precisar sair de casa; o momento em que o avião toca no solo e vira automóvel; a parte do meio da torrada; Petrópolis partida em três; pagar a última prestação; descobrir que ainda é cedo, dar tempo de tomar mais um; já ter lido Guerra e Paz, Odisseia e Dom Quixote; passarinho solto; andar pela casa sem testemunhas, falando sozinho ou completamente nu; sair sem se despedir; e, naturalmente, fazer listas de pequenas coisas que o agradam. Ainda, sugestões para trocas de títulos de livros famosos de amigos escritores, brincadeiras com pérolas da tradução literária, os princípios do que chama “Lei Anti-Murphy” – é destas e outras descobertas que No Fim Dá Certo é composto.
O Gueto Interior
Santiago H. Amigorena
Todavia
Buenos Aires, início da década de 1940. Vicente Rosenberg, que emigrou sozinho da Polônia em 1928, é dono de uma loja de móveis, casado e tem filhos. Desfruta da grande cidade ao Sul: frequenta os cafés, trocou a comida judaica pelas empanadas, lê os jornais locais, sente-se perfeitamente em casa na língua castelhana. Não pratica a religião de seus antepassados. É um homem do século XX, um habitante satisfeito do Novo Mundo. Sua mãe, porém, permaneceu em Varsóvia. E em cartas esporádicas que consegue escrever ao filho vai relatando sua situação, que piora progressivamente quando os nazistas erguem o infame gueto para isolar a população judaica. À medida que o tempo passa, as cartas descortinam uma situação dramática. Pessoas abatidas à luz do dia. O sarcasmo assassino da soldadesca alemã. A fome, a doença e a animalização a céu aberto. A mãe já não tem esperanças: o fim de todos está próximo naquele lugar. É nesse ponto que Vicente começa a ficar afetado. Ele, que até então pouco se lembrava de sua condição judaica, percebe que, no tempo em que vive, tudo o que uma pessoa pode ser desaparece quando se é apontado como judeu. Ele, que fala várias línguas e não frequenta o templo, sente que tudo o que fizer vai ser inútil. Vicente passa a falar menos, a preferir o silêncio, a dizer apenas o essencial. A culpa ― por deixar a mãe no gueto, por ser judeu, por estar vivo enquanto massacram milhões dos seus ― o rói por dentro, reduzindo o homem jovem a uma espécie de carcaça ambulante. O mutismo avança e deixa família, amigos e funcionários desnorteados, incapazes de definir o seu estado e de ajudá-lo. Esse gesto vai impactar toda sua vida. E o futuro de seus descendentes. Com este romance pungente e arrebatador, Amigorena foi finalista dos principais prêmios literários da França e um dos maiores sucessos editoriais dos últimos tempos.
De Primeira Viagem: Personagens da Europa
Daniel Furlan
Chiado Editora
Um jornalista mineiro que nunca havia saído do Brasil resolveu realizar o sonho de fazer uma viagem pela Europa. Durante 20 dias, conheceu cidades belíssimas no velho continente e se encantou com a Torre Eiffel, o Coliseu, o Museu do Louvre, a Tower Bridge e, principalmente, com os tipos humanos que encontrou. No retorno ao Brasil, Daniel Furlan criou 60 contos semi-ficcionais a partir do contato que teve com mais de 100 pessoas durante a passagem por Itália, Suíça, França e Inglaterra. Sabe qual foi o resultado? Este livro. De Primeira Viagem: Personagens da Europa é uma obra para quem admira histórias protagonizadas por seres humanos de diversos lugares do mundo e também para aqueles que amam viajar. Embarque nesta divertida leitura repleta de referências e viva uma experiência internacional inesquecível, mesmo sem sair de casa.
Desaparecido Para Sempre
Harlan Coben
Arqueiro
Relançamento com nova identidade visual. Desaparecido Para Sempre é um thriller denso, avassalador e surpreendente cujas revelações se sucedem num turbilhão que não cessa até a última página. No leito de morte, a mãe de Will Klein lhe faz uma revelação: seu irmão mais velho, Ken, desaparecido há 11 anos e acusado do assassinato de sua vizinha Julie Miller, está vivo. Embora a polícia o considere um fugitivo, a família sempre acreditou em sua inocência. Quando resolve investigar melhor o caso, Will sofre outro grande choque: sua namorada, Sheila – que sempre manteve seu passado em segredo –, some e as impressões digitais dela são encontradas na cena de um crime no Novo México. Será que essas tragédias têm algo em comum? Para tornar tudo ainda mais estranho e perturbador, Will passa a ser perseguido por um psicopata implacável que ressurge de maneira enigmática do seu passado. Enquanto procura compreender esses acontecimentos com a ajuda de seu amigo Squares e de Katy, a irmã mais nova de Julie, Will descobre que a verdade nem sempre é o que parece ser – e raramente é o que gostaríamos que fosse.
Seis Anos Depois
Harlan Coben
Editora Arqueiro
Relançamento com nova identidade visual. Harlan Coben já vendeu mais de 70 milhões de livros no mundo. Jake Fisher e Natalie Avery se conheceram e se apaixonaram durante um verão. Juntos, viveram os melhores meses de suas vidas. Por isso, Jake não entendeu quando Natalie decidiu terminar com ele e se casar com Todd, um ex-namorado. No dia do casamento, ela pediu a Jake que nunca mais voltasse a procurá-la. Seis anos depois, ao ver o obituário de Todd no jornal, Jake não resiste e resolve se reaproximar de Natalie. Mas, no enterro, ao procurar a viúva, ele encontra uma pessoa completamente diferente. Logo fica claro que o casamento não passou de uma farsa, e tudo o que ele achava que sabia sobre Natalie começa a desmoronar. Agora Jake está decidido a ir atrás dela e passar a história deles a limpo, mas não imagina os perigos que envolvem procurar uma pessoa que não quer ser encontrada. Em Seis Anos Depois, Harlan Coben usa todo o seu talento para criar uma trama sensacional sobre um amor perdido e os segredos que ele esconde.
Solução de Dois Estados
Michel Laub
Companhia das Letras
Do premiado autor Michel Laub, um romance sobre ódio, perdão e os modos como nossa intimidade é definida pela política e pela barbárie do nosso tempo. Uma cineasta alemã marcada por um trauma prepara um documentário sobre a violência brasileira. Os principais entrevistados são dois irmãos: Raquel, artista de cento e trinta quilos cujo trabalho se baseia em episódios que a levaram a detestar o próprio corpo, e Alexandre, empresário que atua no ramo fitness na periferia de São Paulo. Ambos foram escolhidos por causa da repercussão mundial de uma agressão que Raquel sofreu, no início de 2018, durante um debate sobre arte e política num hotel da capital paulista. Diante das câmeras, os segredos dessa história íntima que envolve bullying de adolescência, uma disputa por herança e diferentes visões sobre temas como sexo, religião e responsabilidade individual são pontuados por flashes da história recente do país ― do Plano Collor, que iniciou a ruína da família dos protagonistas, às vésperas de uma eleição que mobilizou o ódio de uma sociedade profundamente dividida. A ideia de conciliação, afinal, é inimiga ou aliada da barbárie em que nos metemos?
O Refúgio
Mick Kitson
Intrínseca
Instigante e comovente, O Refúgio é um relato sobre os laços de amor entre duas irmãs e sobre o poder da natureza na jornada para cicatrizar nossas maiores dores. Muitas são as nuances do romance de estreia de Mick Kitson, mas uma palavra o descreve com perfeição: sobrevivência. Essa é a história de Sal, uma menina de treze anos que teve que crescer antes da hora, vítima de abuso sexual desde os dez, e que só vê uma alternativa para impedir que aconteça com a irmã mais nova, Peppa, essa mesma atrocidade que a dilacera. Por isso, ela se prepara. Passa meses assistindo a vídeos sobre trincos, mira de armas e armadilhas, comprando ferramentas e utensílios na internet, decorando manuais e pensando em cada detalhe de um plano elaborado e arriscado. Então, certo dia, sem que ninguém veja, as irmãs pegam suas mochilas e partem em direção à floresta de Galloway, no sul da Escócia. É esse ambiente vasto, cercado de perigos e de paisagens deslumbrantes, que acolhe as irmãs e lhes oferece a segurança que jamais encontraram em casa, um refúgio longe da violência familiar. Juntas, elas vão tentar caçar, fazer fogueiras, se abrigar da chuva e do frio, se esconder de qualquer presença inesperada. Em meio à natureza que ao mesmo tempo a abraça e a fustiga, Sal vai descobrir como sobreviver não só aos desafios da vida selvagem, mas também ao trauma que roubou sua infância. Um livro que aborda redenção e recomeços, mas sem fugir do horror da verdade, O Refúgio é uma história sobre nossos limites, os laços humanos e o poder da natureza de nos acolher quando mais precisamos.
A Metamorfose
Franz Kafka
Editora Hedra
Obra mais famosa de Franz Kafka, A Metamorfose dispensa apresentações. A história da transformação de Gregor Samsa é um clássico porque condensa perfeitamente as características da prosa kafkiana, conceito que se torna importante na nossa repertoriação do mundo: kafkiano é, pois, o contraditório da cultura ocidental desumanizada, em que o irracional é criado justamente pelas estruturas burocráticas ultrarracionalizadas. Samsa, o personagem principal, uma vez transformado em inseto, toma consciência de que sua alienação precedia a mutação de seu corpo. É a própria metamorfose que lhe dá a chance de olhar de si para si, sujeito e objeto. Franz Kafka é, pois, um realista, do único tipo que o século XX comporta. O naturalismo do século XIX não faz mais sentido no mundo em que o culto à razão produziu duas guerras mundiais; o caminho para o real é pela via do absurdo.
O Óbvio Que Você Deixa Passar: A Resposta Que Sempre Buscou Pode Estar Mais Perto do Que Imagina
Felipe Moller
Gente
O livro que está em suas mãos é sobre as escolhas que precisamos fazer para conquistar nossos sonhos. Acredito que você, assim como eu, já teve a sensação de que a vida estava lhe enrolando. Entende o que quero dizer? Você traça o plano, ensaia o que vai dizer, se prepara, mas, por algum motivo, quando parece estar perto do tão almejado objetivo, algo acontece e você volta três casas. O jeito é engolir a frustração em seco e retomar o jogo, não é verdade? Aqui você vai conhecer Thiago, Ciça, Sandro, Camila, Rodrigo, Jaqueline e Luana, sete pessoas completamente diferentes entre si, cada uma seguindo o próprio caminho. O que elas têm em comum é o mesmo que une você, leitor, a mim, o autor: elas viverão encontros decisivos e, em determinado momento, terão de tomar uma atitude. Eu não sei como este livro chegou até você, mas já que o encontro aconteceu, minha pergunta é simples: você vai aceitar o convite para conhecer essas sete histórias? Muitas vezes a resposta certa é óbvia, mas estamos tão imersos em nossas dúvidas e inseguranças que perdemos grandes oportunidades. Agora, no entanto, eu deixo a bola com você! A vida não é linear e a rota para nossos sonhos passa pelos erros, aprendizados, subidas e descidas que todo mundo, em algum momento, precisa enfrentar!
A Garota Que Lê no Metrô
Christine Féret-Fleury
Valentina
As viagens de metrô para o trabalho, típicas da rotina, possibilitam que Juliette observe sempre os mesmos passageiros e os livros que cada um lê. Todos têm suas particularidades, como a idosa que folheia um livro italiano de culinária e sorri diante de algumas receitas ou a garota que lê romances e sempre derrama minúsculas lágrimas quando chega à página 247. “Por que a página 247?”, pergunta-se Juliette. Ela observa todos com curiosidade e ternura, como se as leituras e paixões alheias pudessem colorir sua vida tão monótona e previsível. Certo dia, a jovem decide romper com a rotina e usufruir o prazer de percorrer as ruas a pé, observando o formato das nuvens, com o olhar em busca do novo. E esse desvio mudará completamente a sua vida, graças ao iraniano Soliman e sua pequenina filha Zaïde. Todas as citações literárias de A Garota Que Lê no Metrô são referidas no fim da obra. Assim, o leitor poderá aprofundar-se neste rico universo narrativo.
Contos Negros
Ruth Guimarães
Faro Editorial
Em muitos lugares brasileiros, ainda persiste o costume de contar histórias… Em geral, em torno de uma fogueira. É só ficar de mão no queixo, sentado em cima das toras, escutando. O círculo das caras atentas arde ao calor das chamas. Todos se voltam para o narrador, num tropismo original. Não é que o tempo esteja sobrando, não é isso. Em verdade, não existe mais o tempo. Acabou-se o seu império sobre os homens. Não se cuida nem da hora, nem do correr dos instantes. O tempo é o fluir da história. Tempo e espaço se contam na vida dos príncipes e das princesas e do seu povo encantado. Assim, a história vem lenta. Assim, vem comprida. Com repetidos pormenores, cumulativa, misteriosa e sutil, dentro do sutil da noite misteriosa. Transportamo-nos para um outro mundo habitado por duendes e fantasmas, por espíritos bons, pelos bichos que falam. Coisa linda de se ouvir e de se viver. A empatia é tanta, que estamos tão do lado de lá, quanto Alice no País dos Espelhos. Dá pena haver crianças que nunca ouviram casos narrados assim. Estas histórias são, pois, nossas, brasileiras e africanas, genuínas e espontâneas, inventadas pelo povo. Correm por aí (ainda, mas não por muito tempo). Cumpriram e cumprem a contento a alta função principal das histórias: a de entreter. E, através do entretenimento, realizam, certamente, esta coisa extraordinária: predispõem-nos ao amor do Bem, do Belo e do que é Nosso. Mais não lhes poderemos pedir.
Contos Índios
Ruth Guimarães
Faro Editorial
Toda as histórias deste livro foram extraídas apenas de registros orais. São, portanto, inéditas do amplo trabalho de Ruth. Os contos resultaram de pesquisa de campo, no Médio Vale do Paraíba do Sul, estado de São Paulo, tendo como centro e pião a cidade de Cachoeira Paulista. E, dali, feitas coletas nas cidades vizinhas também, e no litoral. É, claro, vieram também de informantes de outros estados, com predominância de mineiros, donos de parte do Vale. A autora aproveitou cada reconto quando lhe foram apresentadas duas ou mais variantes, pois isso confirmava a sua aceitação, verdade e importância. Logo, tratou de escolher a variante mais elaborada, e com mais pormenores. Nada foi acrescentado, nada foi tirado, dos motivos básicos, da sequência, da filosofia. O que era moralizante continuou moralizante; todas as histórias permaneceram completamente isso mesmo que está aí. O que chega em suas mãos é um registro único, escrito por Ruth, que esteve cuidadosamente guardado por anos com seus filhos e que agora é oferecido à apreciação de todos.
Garota, Mulher, Outras
Bernardine Evaristo
Companhia das Letras
Um romance surpreendentemente atual e engenhoso sobre identidade, raça e sexualidade, vencedor do Booker Prize em 2019. Garota, Mulher, Outras é um verdadeiro marco da ficção britânica. O romance causou furor quando publicado: venceu o Booker Prize em 2019, foi aclamado por nomes como Barack Obama, Roxane Gay, Ali Smith e Tom Stoppard e incluído nas listas de melhores livros do ano por veículos como The Guardian, Time, The Washington Post e The New Yorker. A forma, por si só, não é nada convencional: trata-se de um gênero híbrido, composto de versos livres e sem pontos finais. O resultado é uma dicção singular e envolvente, que prende o leitor da primeira à última página. O pano de fundo dessas histórias é uma Londres dividida e hostil, logo após a votação do Brexit: um lugar onde as pessoas lutam para sobreviver, muitas vezes sem esperança, sem que as suas necessidades sejam atendidas e sem que sejam ouvidas. Nesse ambiente opressor, as vozes de Garota, Mulher, Outras formam um coro e levantam reflexões poderosas sobre o machismo, o racismo e a estrutura da sociedade.
“Brilhante, inventivo.” – Sunday Times
“O livro mais envolvente que li o ano todo. (…) Este romance é uma aula sobre contar histórias. Absolutamente inesquecível.” – Roxane Gay
“Garota, Mulher, Outras mudou meu jeito de pensar.” – Tom Stoppard
“Bernardine Evaristo pode tirar qualquer história de qualquer tempo e transformá-la em algo vibrante, com vida.” – Ali Smith
Impossível Sair da Terra
Alejandra Costamagna
Moinhos
Os dez contos e a nouvelle aqui reunidos são Alejandra Costamagna em estado puro. Ou seja: uma autora com pleno e total domínio da melhor técnica narrativa, com olhos de pescador atento diante da vida, suas contradições e surpresas. E, claro, atentos para os desastres do amor. Já com seu primeiro livro, o romance En Voz Baja, de 1996 – quando ela tinha 26 anos – Alejandra Costamagna chamou, e muito, a atenção da crítica e mereceu elogios de seu conterrâneo Roberto Bolaño. Quatro anos depois publicou Malas Noches, seu primeiro livro de contos. E daí em diante foi precisa e principalmente no relato curto que passou a mostrar sua sólida maestria no ofício de escrever. Seus romances são igualmente elevados, elevadíssimos. Mas é nos contos que se supera. A concisão e a tensão do texto breve foram o caminho natural de Alejandra. Tanto é assim que ela reescreveu, cortando e cortando e revirando tudo, seu livro de estreia. Rebatizado para Había Una Vez un Pájaro, e acompanhado de outros dois contos, apareceu em 2013. É, de longe, um dos principais e mais fulgurantes destaques da atualidade na América Hispânica. E este Impossível Sair Desta Terra é a melhor prova do que digo – Eric Nepumocemo, autor, jornalista e tradutor brasileiro.
Custe O Que Custar
Harlan Coben
Arqueiro
Livro inédito no Brasil.
“Escrito com naturalidade e fluidez, Custe o Que Custar talvez seja o melhor livro que Harlan Coben já escreveu.” – Providence Sunday Journal
“Harlan Coben é especialista em revelar os segredos por trás da fachada de famílias aparentemente perfeitas. Neste livro, ele está em sua melhor forma.” – Associated Press
Até onde você iria para salvar a sua filha? Simon Greene tinha uma família perfeita. Até perder a filha mais velha para as drogas. Depois de receber todo o apoio necessário na luta contra o vício, Paige desapareceu com o namorado abusivo, sem deixar vestígio. Um dia, ele a reencontra no Central Park, em Nova York, tocando violão por uns trocados. Ela parece outra pessoa: está fora de si, assustada e claramente em perigo. Quando Simon vai falar com ela e lhe implorar que volte para casa, Paige foge mais uma vez. Então ele faz o que qualquer pai faria: vai atrás dela e acaba entrando em um mundo sombrio e perigoso em que gangues de rua ditam as leis, drogas são a moeda corrente e assassinatos são acontecimentos corriqueiros. Enquanto tenta resgatar a filha, Simon se vê enredado em uma trama de mentiras que abre uma porta sombria para o passado. Em pouco tempo fica claro que não é só a vida de Paige que está em risco, mas a dele próprio também.
Confissões de Minas
Carlos Drummond de Andrade
Companhia das Letras
Primeira reunião de artigos, crônicas, ensaios, notas e reflexões do autor de Sentimento do Mundo. “É um texto de prosa, assinado por quem preferiu quase sempre exprimir-se em poesia”, explica Carlos Drummond de Andrade na apresentação ao seu primeiro livro em prosa, publicado em 1944. Esta coletânea de ensaios, que perfazem um arco de onze anos, reflete com linguagem despretensiosa e elegante uma época em verdadeira ebulição. Seja para refletir sobre política ― a ascensão de Hitler, a eclosão da Segunda Guerra, a escalada do fascismo, a batalha de Stalingrado ―, seja para descrever a cena literária das primeiras décadas do século XX, Drummond se revela um excepcional prosador, sempre atento às marcas do seu tempo. Posfácio de Milton Ohata.
Sua Alteza Real (Royals 2)
Rachel Hawkins
Alt
O tão aguardado segundo livro da autora de Como Sobreviver à Realeza. Millie Quint fica arrasada quando descobre que sua meio-que-melhor-amiga/meio-que-namorada tem beijado outra pessoa. De coração partido e pronta para uma mudança de vida, ela decide levar adiante o sonho de estudar em terras escocesas. Quando consegue uma bolsa em um dos colégios mais exclusivos do mundo, Millie mal consegue acreditar. Apaixonada por tudo o que é relacionado a geologia, ela vê na rochosa Escócia o lugar perfeito para começar uma nova fase de sua vida. O único problema é sua colega de quarto, Flora, que age como uma princesinha mimada. Claro, ela é uma princesa de verdade. No começo, as duas não se suportam – Flora é tanto esnobe quanto expert em se meter em confusões – mas, quando Millie se dá conta, ela tem outra meio-que-melhor-amiga/ meio-que-namorada. A princesa Flora pode até ser um novo capítulo em sua vida amorosa, mas Millie não quer ser coadjuvante na história de ninguém. As chances de um “felizes para sempre” podem ser poucas, mas isso não significa que elas não existam… Sua Alteza Real faz parte da série Royals, que começou com Como Sobreviver à Realeza, mas os livros podem ser lidos separadamente.
O Lobo da Estepe
Hermann Hesse (Autor)
Record
Considerado pela crítica uma obra-prima de Hermann Hesse. O Lobo da Estepe conta a história de Harry Haller, um homem de 50 anos que acredita que sua integridade depende da vida solitária que leva em meio às palavras de Goethe e às partituras de Mozart; um intelectual tentando equilibrar-se à beira do abismo dos problemas sociais e individuais, ante os quais sua personalidade se torna cada vez mais ambivalente e, por fim, estilhaçada. A primeira parte do livro é o pesadelo do lobo Haller, sua depressão e sua incapacidade de se comunicar que está na base da crueldade e da destruição. Na segunda, o lobo se humaniza, através da entrada em cena de Hermínia, que tenta reaproximá-lo do mundo, no caso uma comunidade simplória, com salas de baile poeirentas e bares pobres. O Lobo da Estepe foi escrito quando Hesse tinha 50 anos, como seu personagem, e estava profundamente influenciado pela psicanálise. O estilo adotado, altamente revolucionário para a época, foi elogiado por Thomas Mann, para quem, como novela experimental, O Lobo da Estepe era tão genial quanto Ulisses, de James Joyce.
“Romance célebre sobre o que pode afligir a alma humana. Uma crítica cruel à sociedade burguesa.” The New York Times
Fahrenheit 451 – Edição Especial
Ray Bradbury
Biblioteca Azul
Edição especial do clássico Fahrenheit 451. Com capa dura e novo projeto gráfico, esta edição especial traz também texto do autor sobre a criação do livro, introduções de Neil Gaiman e do biógrafo Jonathan R. Eller, texto de Margaret Atwood e trechos do diário de François Truffaut, diretor que adaptou o livro para o cinema nos anos 60. “Ficção científica é uma ótima maneira de fingir que você está falando do futuro quando, na realidade, está atacando o passado recente e o presente”, afirmou Ray Bradbury. Guy Montag é um bombeiro. Sua profissão é atear fogo nos livros. Em um mundo onde as pessoas vivem em função das telas e a literatura está ameaçada de extinção, os livros são objetos proibidos, e seus portadores são considerados criminosos. Montag nunca questionou seu trabalho; vive uma vida comum, cumpre o expediente e retorna ao final do dia para sua esposa e para a rotina do lar. Até que conhece Clarisse, uma jovem de comportamento suspeito, cheia de imaginação e boas histórias. Quando sua esposa entra em colapso mental e Clarisse desaparece, a vida de Montag não poderá mais ser a mesma. Um clássico da ficção científica e da literatura distópica, Fahrenheit 451 – que originalmente foi escrito como um conto antes de se transformar em um romance – foi criado durante a era do macartismo, a sistemática censura à arte promovida pelo governo americano nos anos 1950. Bradbury costumava dizer que a proibição a livros não foi o motivo central que o levou a compor a obra, e sim a percepção de que as pessoas passavam a se interessar cada vez menos pela literatura com o surgimento de novas mídias, como a televisão. Adaptado para o cinema duas vezes, a primeira pelas mãos do lendário cineasta francês François Truffaut, e depois para diversos formatos, Fahrenheit 451 é uma grande crítica aos regimes autoritários de qualquer tempo. Uma obra política e um dos livros mais censurados do mundo, redescoberto a cada nova geração pois ainda tem algo importante a nos dizer.
O Homem Ilustrado
Ray Bradbury
Biblioteca Azul
Um dos livros mais celebrados de Ray Bradbury, autor de Fahrenheit 451, em nova edição e tradução. O Homem Ilustrado traz o conto que inspirou a clássica canção Rocket Man, de Elton John. Um homem sem nome e sem destino encontra um misterioso andarilho à beira da estrada. Sob a forma de ilustrações que se movem, as tatuagens do andarilho dão vida a cada um dos dezoito contos deste livro. O futuro, o passado e o presente navegam por histórias que formam um caleidoscópio, materializadas em gravuras marcadas na pele de um antigo trabalhador de circo. Em O Homem Ilustrado estão contos marcantes que inspiraram gerações, de Rocket Man, sucesso de Elton John, a produções hollywoodianas como Gravidade, são histórias dentro de uma história, que borram as barreiras dos gêneros literários e nos fazem perguntar se é este um romance ou um livro de contos, em que a fantasia e a ficção científica dão a chance de imaginar mundos possíveis. Ray Bradbury, autor de clássicos como Fahrenheit 451 e As Crônicas Marcianas, defende seu gênero literário como sendo a arte do possível, nunca do impossível: “A ficção científica é qualquer ideia que ocorre na cabeça e ainda não existe, mas logo existirá e mudará tudo para todos, e nada mais será como antes”.
Pequenos Contos De Grandes Mestres Do Terror
H.P. Lovecraft , Edgar Allan Poe, Mary Shelley e outros
Skript Editorial
Que tal ter na sua biblioteca 10 dos maiores autores da literatura? PEQUENOS CONTOS DE GRANDES MESTRES DO TERROR reúne 10 contos de suspense e terror de consagrados nomes: Transformação, de Mary Shelley; O Convidado do Drácula, de Bram Stoker; O Estranho Caso do Sr. Valdemar, de Edgar Allan Poe; Dagon, de H. P. Lovecraft; O Corpo Roubado, de H. G. Wells; O Estranho, de Ambrose Bierce; Os Porcos, de Júlia Lopes de Almeida; A Casa “Sem Sono”, de Coelho Neto; Madrugada Negra, de Viriato Corrêa; Sua Excelência, de Lima Barreto. A obra tem ilustrações de Cayman Moreira, Leander Moura, Cristal Moura, Fabrício Bohrer, G Pawlick, Immigrant, Marcel Bartholo, Oz e Val Oliveira. O prefácio é do professor Alexander Meirelles (Fantasticursos), a seleção dos contos de Daniel “Gárgula”, a tradução de Mariana Costa, a revisão de Diego Moreau, o layout de Fabio Junior (Digital Comics), a capa de Guilherme Smee e a edição de Douglas Freitas. O livro possui capa dura, com 170 páginas, soft touch, miolo em papel pólem bold de 90g, formato 17 x 12, 5 cm.
Nórdicos – Deluxe Edition
Vários
Pandorga
DE ONDE VIEMOS? COMO SURGIU O MUNDO? SE TUDO TEM UM FIM, O QUE É QUE TEM VALOR? Desde o princípio dos tempos, a humanidade vem respondendo a essas perguntas com histórias criativas, que já foram utilizadas pela religião, ciência, filosofia e literatura popular. Cada cultura tem suas próprias histórias, lendas e mitos que mostram como a imaginação humana, em toda a sua diversidade, se expressa através dos tempos. Essas histórias extraordinárias sobre deuses e heróis ecoam na arte, no cinema, na música, na dança, no teatro e na língua que usamos diariamente. Nesta edição especial, fomos além e trouxemos para você muito mais sobre os Vikings. Afinal, quem foram eles? Como eram suas vidas, em tempos tão distantes? Trazemos também, em contrapartida, um pouco sobre a cultura popular nórdica atual: quais datas comemorativas são mais importantes hoje em dia e que influência elas têm na cultura desses países. Nórdicos Deluxe faz uma ponte entre o passado e o presente, apresentando um panorama sobre o que era e o que é considerado importante para esses povos.
Deserama
Marcello Quintantilha
Veneta
Deserama, primeiro romance do aclamado quadrinista Marcello Quintantilha, narra a história de Jonathan, um jovem da classe média empobrecida de Niterói que precisa lidar desde cedo com relações marcadas pela homofobia velada no convívio familiar e o bullying no ambiente escolar. Na busca por uma identidade própria em um ambiente tão sufocante, ele aproveita todas as possibilidades de saída que a vida oferece, como a oportunidade de se transferir para um colégio no Rio de Janeiro, durante a adolescência. Nesse novo ambiente, uma escola técnica na capital fluminense, ele se vê cercado de outros referenciais, como os hits do britpop, de bandas como Suede e Smiths, com suas canções melancólicas e figuras icônicas. Em Deserama, Marcello Quintanilha, um dos mais premiados quadrinistas brasileiros, compõe, com seu afiadíssimo olhar para os pequenos detalhes da vida privada, o retrato da formação de um protagonista que, para se aproximar o mínimo que seja de si mesmo, precisa se afastar cada vez mais de tudo e todos que conhece. Em um retrato minucioso de uma parcela da juventude urbana do fim do século XX, as antíteses se tornam paradoxalmente complementares: o caminho do autoconhecimento conduz à alienação, e a procura pelo pertencimento só parece capaz de levar ao exílio.
Mensageiros do Limiar
Duda Falcão
AVEC Editora
Neste tomo, caro leitor, você encontrará criaturas abjetas, pessoas insanas e entidades sobrenaturais. Conhecerá a obsessão de um investigador para encontrar o autor de um crime incomum, uma detetive no rastro de uma criatura antiga e perigosa, um culto que deseja invocar entes além da compreensão humana, um vilarejo que esconde segredos cósmicos, um teatro habitado por uma aberração, uma refeição inusitada, uma gravação assombrada, uma rede de computadores que abduz almas, o desmatamento desenfreado e as suas consequências, um espírito animal que se torna venerado por um povo, a espadachim Hylana se aventurando nas Terras de Lyu, a busca de Becky Star pelo pai em Saturno, o diálogo de um engenheiro florestal do futuro e um robô terraformando um planeta, um cientista que descobriu a imortalidade e quais foram os efeitos dela sobre a sua existência e, por fim, descobrirá quem são os mensageiros do limiar que dão título ao livro. Vá em frente. Não se assuste. Aqui a aventura e o horror se misturam em um mesmo caldeirão para a sua diversão.
Na Corda Bamba
Kiley Reid
Arqueiro
UM ROMANCE DE ESTREIA MARCANTE E SURPREENDENTE.
“Não consegui parar de ler.” – Jojo Moyes, autora de Como eu era antes de você
“Kiley Reid discute privilégio e branquitude na era do Vidas Negras Importam, mapeando de forma implacável os momentos em que as boas intenções têm consequências desastrosas.” – The New Yorker
“Na corda bamba é um livro realista sobre racismo, riqueza e divisão de classes. De forma sutil, ilustra como o racismo estrutural se manifesta e de que forma sofremos com ele ou acabamos perpetuando-o no dia a dia.” – Marie Claire
Certa noite, em um supermercado de um bairro rico, Emira Tucker, uma jovem negra que trabalha como babá, é abordada por um segurança que a acusa de ter sequestrado Briar, a garotinha branca que está com ela. Uma pequena multidão se reúne, alguém faz um vídeo da situação e a comoção só termina quando o pai da criança aparece. Alix, a mãe de Briar, fica chocada com o ocorrido. Bem-sucedida e dona de uma marca envolvida na luta pelo empoderamento feminino, ela decide que Emira merece justiça e resolve fazer de tudo para que isso aconteça. A própria Emira, porém, só quer deixar a história para trás. Aos 25 anos, trabalhando sem carteira assinada e prestes a perder o seguro-saúde, ela está às voltas com os desafios da vida adulta e a última coisa que quer é ser exposta pela divulgação dessas imagens. Mas, quando uma parte do passado de Alix vem à tona, ela e Emira são confrontadas com verdades que podem mudar para sempre o que elas pensam uma sobre a outra e sobre si mesmas. Um romance essencial para os tempos atuais, Na Corda Bamba fala sobre como o racismo e o privilégio afetam as relações interpessoais no dia a dia. Com uma narrativa vibrante e provocativa, é também uma reflexão sobre como a necessidade de “fazer a coisa certa” pode nos colocar, às vezes irreversivelmente, no caminho errado.
Meu Querido Abismo
Raphael Gancz
Darkside
A imensidão do mar e da nossa mente são dois universos amplamente desconhecidos. Três quartos do planeta Terra estão cobertos de água, mas conhecemos apenas uma ínfima quantidade do que existe nele. Até o início deste século, o homem havia identificado cerca de 230 mil espécies marinhas. A estimativa, porém, é que o número real de espécies que habitam o universo marinho ultrapasse um milhão. Assim como nos oceanos, a nossa mente ainda não foi mapeada e explorada no seu limite. Não sabemos todo o potencial criativo que existe dentro de cada um de nós. O que mais pode haver no mar? O que pode haver dentro de cada um de nós?, é o que perguntam Raphael Gancz e Mariana Coan nesta belíssima e poética obra dedicada às pequenas e aos pequenos leitores. Meu Querido Abismo parte dessa curiosidade que todos temos ao mergulhar na imensidão do oceano ou dos compartimentos secretos escondidos em nossa mente. Uma jornada que nos estimula a descobrir o novo, e nos aproxima da magia e do mistério diante da vida. Meu Querido Abismo propõe um diálogo sobre a existência, a criatividade e o saber. Como criar, como produzir arte? Como romper o medo do papel em branco? A obra investiga esses caminhos de maneira poética e lúdica, com ilustrações deslumbrantes que se transformam em ferramentas para estimular e aguçar o poder criativo de toda criança. O convite da dupla é para vasculharmos a imensidão em nossos oceanos particulares e encontrar novos horizontes diante do mar aberto. Essa é chance de dar vazão para aquilo que ainda não conhecemos mas que pode nos dizer muito sobre o que somos, e quem somos. Meu Querido Abismo se propõe a visitar esse enorme e desconhecido universo marinho da nossa consciência e a nos mostrar o que ele tem de mais verdadeiro, raro e inusitado. A prosa de Raphael Gancz forma um par perfeito com as imagens de Mariana Coan e encanta a cada página virada, provoca deslumbramento e reflexões sobre o mundo que estamos criando para as nossas crianças.
Anna e o Balão
Ferréz, Fernando Vilela
Darkside
Anna esperava por aquele dia com ansiedade. Guardava as moedas que ganhava da mãe para tomar sorvete e comprar doces. Depois de alguns meses, quando juntou o suficiente, acordou cedo no dia seguinte, colocou três maçãs na mochila e saiu de casa. A razão? Um passeio de balão pelos céus de São Paulo. Mas esse não seria um passeio qualquer. Anna queria chegar perto das nuvens. Queria reencontrar o pai. Anna e o Balão reúne o texto de Ferréz (autor de Capão Pecado) com a arte de Fernando Vilela (Lampião & Lancelote) ― autores premiados e com olhar crítico em todas as manifestações artísticas ― para contar uma bela história de luto e saudade, mas também de companheirismo, aprendizado e amor. Como afirma a protagonista, o pai a ensinou “a compreender e a se colocar no lugar do outro”, algo cada vez mais necessário e urgente nos dias de hoje. Durante o passeio com o sr. Jacob, dono e condutor do balão, Anna rememora e homenageia o pai, narrando os bons momentos que passaram juntos, lembrando do que ele lhe ensinou, tentando abrandar a dor que sente. Através da palavra, da arte e da lembrança, Anna nos mostra que é possível, sim, apesar de toda a dor que se tenha, seguir em frente. “Estou com esse balão há mais de dez anos e nunca deixei de me maravilhar com ele. Vamos entrar ali?”, convida o sr. Jacob, para quem a capacidade de se maravilhar é fundamental para nunca nos esquecermos da força e do poder que o amor tem.
O Balde Vazio
Wesley Rodrigues
Darkside
Um balde solitário, abandonado, tem como único amigo o vento. É ele quem por vezes passa para fazer uma visita e o leva para passear, apresentando o balde à belas paisagens e o estimulando a conhecer seu lugar no mundo. É assim que ele vai parar perto de uma casinha simples e aconchegante, onde decide ficar por uns tempos. Na casinha, mora um casal de passarinhos, Amnésia e Tristão, que logo encontram o balde e pensam em fazer dele o ninho para seus filhotes. Assim começa O Balde Vazio, do premiado animador e quadrinista Wesley Rodrigues. Autor de Imaginário Coletivo, uma das primeiras história em quadrinhos nacionais publicadas pelo selo DarkSide® Graphic Novel, Wesley apresenta agora uma obra dedicada às crianças de todas as idades. A arte que deslumbrou os leitores da HQ está de volta, agora em cores estonteantes e que vão maravilhar ainda mais a todos, em uma fábula sobre a perseverança e a capacidade de não desistir, sobretudo nos momentos em que tudo parece perdido. Na história, o vento um dia retorna particularmente furioso, formando uma tempestade, e acaba por levar o balde ― e os pequeninos pássaros ― para longe. Acompanhamos então a saga do casal pela perigosa floresta do esquecimento em busca de sua ninhada, onde acabam encontrando diversos animais e aprendendo um pouco mais sobre os mistérios e segredos da vida selvagem e da natureza. E sobre nós mesmos. O Balde Vazio é uma fábula sobre empatia, busca e descoberta, mas também perseverança e a capacidade de não desistir, sobretudo nos momentos mais difíceis da nossa vida. Acompanhamos a busca dos pais por seus filhotes desaparecidos e e somos apresentados a um mundo mágico e filosófico, onde a natureza ganha voz e guia nossos personagens por um mundo repleto de simbolismos e beleza.
Nós, os ETs
Marcel Souto Maior, Mariana Massarani
Darkside
Nós, os ETs nasceu em plena pandemia, quando o planeta Terra parou e fomos confrontados, mais uma vez, com o quanto somos frágeis e vulneráveis. Com o inimigo invisível à espreita do lado de fora, confinado em casa com a família, o jornalista e escritor Marcel Souto Maior começou a pôr no papel, à caneta, nas madrugadas de insônia, mensagens vindas de outras galáxias, de dentro e de fora de nós… Quem somos nós? Qual a nossa missão? De onde viemos? Para onde vamos? O que nos move e comove de verdade? São respostas a estas perguntas que eles, os ETs, buscam neste livro, ilustrado por Mariana Massarani. “Quando a última frase ficou pronta ― eu sabia que era a última ―, pensei direto na Mariana. Só ela poderia dar vida, cor e movimento aos ETs”, diz Marcel. Marcel e Mariana trabalharam juntos no Jornal do Brasil, há mais de 25 anos, e ele sempre sonhou ter um livro ilustrado por ela. Só faltava um detalhe: o próprio livro, uma narrativa infantojuvenil, que fosse de outro mundo. “Precisou vir uma pandemia, uma realidade absurda, para a ficção vir junto”, diz o jornalista, autor de best-sellers adaptados para o cinema, como a biografia As Vidas de Chico Xavier, e cocriador de programas de sucesso para a TV, como Profissão Repórter com Caco Barcellos, e Na Moral, com Pedro Bial. Já o sonho de Mariana é outro: “Quero ver um extraterrestre ou pelo menos uma frota de naves espaciais voando no céu”. Enquanto o sonho não se realiza, ela imaginou como poderiam ser estes seres de outros planetas. As frases de Marcel se uniram às imagens lúdicas e solares de Mariana ― autora e ilustradora de mais de duas centenas de obras (muitas delas premiadas com o Jabuti, entre outros) ― e ao projeto gráfico impecável do selo Caveirinha, da DarkSide® Books ― que inclui tintas desenvolvidas especialmente para a edição ― e deu nisto: um projeto único. Não por acaso Marcel define o livro como um sonho realizado. Um sonho agora compartilhado com o público ― e ETS de todas as idades. Um livro para ser aberto em qualquer página, a qualquer hora ― inclusive nas madrugadas de insônia ― e para ser observado com muita atenção. Porque detalhes muito especiais vão se revelando aos poucos, em cada desenho e em cada frase. “Porque, nós, os ETs, fazemos faísca entre nós.”
Ponto Cardeal
Léonor de Récondo
Dublinense
Dentro de seu carro, num estacionamento, Mathilda retira com cuidado a maquiagem do rosto, o vestido apertado, o sapato de salto altíssimo. Veste um abrigo de ginástica e então já não é Mathilda, mas Laurent, marido de Solange e pai de dois filhos. Quando percebe que incorporar uma persona feminina uma vez por semana já não é mais o suficiente, decide completar a transição. E abrir o jogo para a esposa e os filhos é só o começo dessa busca por sua verdade interior.
23 Motivos Para Não Se Apaixonar – Edição Autografada
Gabie Fernandes, Nestor Jr.
Outro Planeta
Em ’23 Motivos Para Não Se Apaixonar (Ou Para Amar Ainda Mais), Gabie Fernandes reúne 23 verdades indigestas que carregou durante muito tempo como dogmas em sua vida. Todo mundo trai, alma gêmea não existe, amor é guerra, amar não é para mim… E muitas outras afirmações sobre este sentimento que acabaram se tornando crenças difíceis de mudar. Pelo menos até aqui… “Com o tempo, a vivência e os tombos (merecidos ou não) a gente vai entendendo o mundo sob outro prisma e percebe que ver a vida com olhos de criança não é uma opção, mas sim uma necessidade pra continuar seguindo em frente. No final, os clichês estão sempre certos: a resposta pra tudo é o amor.”
Debaixo das Rodas de um Automóvel
Rogério Skylab
Kotter Editorial
A poesia não é mais a mesma. Chega às livrarias pela Kotter Editorial a segunda edição do primeiro livro de Rogério Skylab, Debaixo das Rodas de um Automóvel, com sonetos marcados pela mesma irreverência apresentada ao público em seus discos. O poeta Skylab, assim como o compositor, é surpreendente, com sua visão de mundo cínica e soturna e seu humor ácido e escatológico. O autor costuma dizer que compor “é uma distração, um desvio, uma alienação, uma transcendência”. Em suas poesias ele transcendeu. Ao lado do deboche e do escárnio, há momentos de doçura como quando ele fala de seu universo vivido, sua relação com as ruas do bairro de Botafogo, com o shopping center onde ele diz flanar observando as vitrines coloridas e as pernas das moças. Essa relação com a casa, com o quarto, o bairro, o lugar é revelada em grande parte dos sonetos. Outros temas percorridos por Skylab são o tédio, os amores, a solidão, o desterro e a desesperança. Em sua poesia, Skylab consegue descrever de maneira crua imagens, cenários, acontecimentos cotidianos que, de tão corriqueiros, foram banalizados. Situações vividas diariamente sem serem notadas: é desse material descartado no dia a dia que ele constrói seus versos, e atira de volta ao leitor perplexo os sentimentos, pensamentos e impressões jogados fora. São sonetos imagéticos: o leitor é capaz de ver o poeta deitado esperando a morte; roubando um livro para abastecer suas cinco estantes repletas de obras furtadas; ou o transeunte pensativo no caminho para o trabalho após observar um atropelado morto-vivo. Pouco auto-indulgente, Skylab diz achar-se horrível, inapelavelmente nu e só em “Feriado Nacional”. Já em “Curriculum Vitae” avisa não ter diplomas, que sua única experiência é ficar sentado no sofá e “de vez em quando escrever à mão coisas de somenos importância” para, debochado, perguntar no final se quem sabe um dia não será aproveitado. Duro e lírico, ao falar de cartas de amor que teria escrito, Skylab diz ter descoberto os memorandos: “rápidos e sem nenhuma sutileza como uma porrada no estômago”. Os versos de Skylab também são como um soco no estômago, mas que deixa marcas sutis em quem lê. Rogério Skylab é cantor, músico, compositor, poeta e performer brasileiro. Iniciou sua carreira musical em 1992. Skylab tem na estética Trash aliada a uma postura Lírica um dos alicerces do seu trabalho. Ganhou notoriedade nacional ao aparecer em um programa de entrevistas. Durante os shows é comum uma grande interação com a plateia, onde ele saca objetos cortantes, como a faca e ameaça atacar as pessoas próximas, como forma de interpretação de suas músicas. Suas letras tendem normalmente ao humor negro e a escatologia e musicalmente se assemelha a gêneros diversos como o Heavy Metal, a Seresta, Bossa Nova e Punk dos anos 80.
Andrizy Bento
Só aumentando a lista de desejados 🙂
Sempre! ❤
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