Nestes tempos sombrios de coronavírus, esse título vem bem a calhar, não é mesmo?
Whateva…
Apesar de abordagens completamente distintas, a unidade em comum entre Love, Simon, 13 Reasons Why e Stranger Things, é o fato de se tratarem de produções adolescentes atuais, mas com uma pegada nostálgica. É como se essa geração atual, de jovens pertencentes a um cenário hiperconectado, sentisse saudade de um passado que não viveu – de virar o disco na vitrola, rebobinar o VHS, torcer para a música “caber” enquanto faz uma gravação em fita K7 diretamente do rádio… É uma geração que tem tudo ao seu alcance – literalmente a um clique de seus dedos – mas que curte mesmo coisas antigas, vintage e não tão fáceis ou práticas como o touchscreen de um smartphone. A nostalgia tornou-se tendência de comportamento entre o pessoal da geração Z.
Parece normal que os jovens da atualidade incorporem elementos de outras décadas à sua cultura e cotidiano. Tem quem diga que é porque os anos 1980 tinham um quê de inocência, de mais experimentalismo e os 1990 uma alegria contagiante e uma perspectiva de um mundo globalizado tão diferente do atual culto aos nacionalismos que soam como verdadeiro retrocesso. Estudiosos e pesquisadores apontam os atentados ao World Trade Center, em setembro de 2001, como o fim do sonho, a ruptura, o plot twist que destruiu completamente a positividade e a ilusão de união mundial por meio da globalização.
Antes que vocês se perguntem, eu não estou filosofando à toa. Afinal, essa nostalgia e saudade do que não se viveu presentes na geração Z é justamente a vibe e o mote de I Am Not Okay With This. Continuar lendo I Am Not Okay With This