No último domingo, dia 24 de fevereiro, foram anunciados os vencedores do mais cobiçado prêmio da indústria do cinema. A premiação, realizada pela Academia de Ciências e Artes Cinematográficas de Hollywood, chegou à sua 91ª edição fazendo o que ela sabe fazer de melhor: decepcionando o público e frustrando as expectativas dos espectadores. Por motivos de força maior, um acidente que me deixou, por ora, impossibilitada de andar, atrasei o post dos vencedores do Oscar. Mas a verdade, é que nem vale muito a pena comentar sobre a última cerimônia de entrega das estatuetas…

Comecemos pelo fato de que não contar com um apresentador não resultou em um evento tão desastroso como alguns apostavam. Dúzias e dúzias de duplas de apresentadores se revezaram no palco do Dolby Theatre em Los Angeles, a fim de anunciar os vitoriosos. Não foi uma cerimônia divertida, não houve um momento realmente marcante, nenhuma gag que mereça ser reproduzida neste texto. Foi morna, previsível e decepcionante. Com o Oscar tem sido assim mesmo. Aquela expressão característica do twitter se aplica muito bem ao prêmio da Academia: Disappointed, but not surprised. Embora, devo acrescentar que, Samuel L. Jackson seja o autor de um meme que, a partir de agora, será referência sempre que se falar de Oscar.

Entregando o prêmio de Melhor Roteiro Original para Green Book X Entregando o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado para Infiltrado na Klan

Nós te amamos, Samuel.

Continuarei batendo na tecla de que não adianta a premiação pagar de moderna, inclusiva e engajada, e premiar um filme condescendente como Conduzindo Miss Daisy 2. Depois das vitórias de Moonlight e A Forma da Água em cerimônias passadas, eleger Green Book como o Melhor Filme do ano, é um retrocesso. É premiar o padrão, o tradicional. É exaltar um título problemático em vários sentidos. Pelo menos, por dois anos consecutivos, o Oscar não havia desapontado na entrega do principal prêmio da noite. Em outras categorias, sim. Mas nessa, especificamente, a premiação vinha surpreendendo.

De minha parte, posso dizer que todos os prêmios concedidos a Pantera Negra e o Oscar de Animação para Homem-Aranha no Aranhaverso foram justos (por mim, esse último levava o Melhor Filme também, mas esse seria o meu Oscar dos sonhos). Sem falar na segunda vitória de Alfonso Cuarón como Melhor Diretor. E mais do que merecido o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro para Roma, o primeiro longa mexicano a ser consagrado vencedor nessa categoria. Triste ver Glenn Close perder pela sétima vez uma estatueta por sua atuação (e tinha gente que reclamava do Leo DiCaprio…). E a montagem de Bohemian Rhapsody não merecia nem o Framboesa de Ouro.

Quanto às apostas do Bloggallerya, foram 16 acertos e 8 erros, mas 7 alternativas certeiras. Somente em Trilha Sonora que eu passei muito longe de acertar. Contudo, não fui surpreendida. Eu acho que as últimas edições me acostumaram mal, acabei alimentando esperanças e viajando nas apostas…

Enfim, abaixo você confere os vencedores do Oscar 2019:

MELHOR FILME
Green Book – O Guia

MELHOR DIREÇÃO
Alfonso Cuarón (Roma)

MELHOR ATRIZ
Olivia Colman (A Favorita)

MELHOR ATOR
Rami Malek (Bohemian Rhapsody)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Regina King (Se a Rua Beale Falasse)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Mahershala Ali (Green Book – O Guia)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Green Book – O Guia

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Infiltrado na Klan

MELHOR ANIMAÇÃO
Homem-Aranha no Aranhaverso

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Roma (México)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Free Solo

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Pantera Negra

MELHOR CINEMATOGRAFIA
Roma

MELHOR FIGURINO
Pantera Negra

MELHOR MAQUIAGEM E CABELO
Vice

MELHOR MONTAGEM
Bohemian Rhapsody

MELHOR TRILHA SONORA
Pantera Negra

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Shallow” (Nasce uma Estrela)

MELHORES EFEITOS VISUAIS
O Primeiro Homem

MELHOR EDIÇÃO DE SOM
Bohemian Rhapsody

MELHOR MIXAGEM DE SOM
Bohemian Rhapsody

MELHOR CURTA-METRAGEM
Skin

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
Bao

MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM
Period. End of Sentence

Andrizy Bento