Bohemian Rhapsody

Nosso clipe foi banido na MTV.

Essa é a América. Puritana em público. Pervertida entre quatro paredes.

Freddie Mercury é, incontestavelmente, uma lenda. Um performer que jamais encontrou rival à altura quando se trata de presença de palco. Nascido Farrokh Bulsara no ano de 1946, o vocalista (não líder) da mítica banda Queen, faleceu em 1991, de uma pneumonia decorrente de complicações do vírus HIV. Durante sua trajetória na música, rompeu com padrões, tanto musicais quanto estéticos, quebrou barreiras, desafiou o status quo. Vestia-se de modo excêntrico, inaugurando um estilo próprio. Ousou ao fazer uma brilhante e inusitada mistura de rock n’ roll com ópera e até música disco. Era uma figura controversa, autêntica. Irreverente, para ser mais exata.

Bohemian Rhapsody, o filme que narra a história de Freddie Mercury, chegou às telas neste mês de novembro causando alvoroço. Para os fãs, uma maneira de celebrar a vida do ídolo. Para uma nova geração que desconhece a importância da banda no cenário do rock mundial, uma oportunidade perfeita de se conectar ao legado do Queen, cujo repertório não apenas envelheceu bem, como está repleto de clássicos verdadeiramente atemporais capazes de conquistar novos fãs. Contudo, talvez seja o caráter nostálgico do longa e seu carinho para com a obra e a trajetória da banda que realmente exerça um fascínio inenarrável no primeiro grupo. E a curiosidade e a força das composições da banda que atraiam o segundo. O filme é claramente imperfeito. Mas essencialmente Queen. Continuar lendo Bohemian Rhapsody