Uma das perguntas que mais escuto é: mas por que, afinal, assistir a esta série? Cara, que pergunta difícil! Mas se você gosta de uma boa produção, me escute: adicione The Handmaid’s Tale à sua grade, por favor!
Depois desse drama inicial, vocês precisam saber de algumas coisas: a série foi encomendada e é transmitida pelo serviço de streaming Hulu, portanto não está na Netflix. Mas isso não é empecilho, não é mesmo? 😉 A historia é baseada no livro homônimo lançado em 1985 que, por estas bandas, recebeu o título fidelíssimo de O Conto da Aia. E o melhor: tem apenas dez episódios, o que torna fácil maratonar.
Em um futuro distópico, os Estados Unidos está vivendo uma ditadura teocrática, que tem por base a submissão feminina. Explico: o mundo está vivendo uma crise de infertilidade devido a danos do passado como DSTs e poluição, portanto aqueles que conseguem ter filhos dominarão o mundo. Explico novamente: poucas mulheres são férteis e essas poucas são mantidas como “escravas”, as aias, sendo, assim, subjugadas e constante e ritualmente estupradas.
A série é angustiante, sombria, com cenas escuras e muitos planos abertos. A única cor viva da cartela de cores é o vermelho sempre presente no figurino das aias – como simbolizando o tormento e a violência sofrida por elas. Sem medo de errar: Elisabeth Moss será consagrada a melhor atriz do ano nas principais premiações voltadas para produções televisivas. E, surpreendentemente, embora pesada e amarga, a série fala sobre esperança e rebeldia (simbolizadas no figurino branco e vermelho das aias). E aprendemos que apenas essas atitudes podem nos tirar de algumas situações vividas por nós, tanto no âmbito global, quanto individual.
Gaby Matos
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