Antes de a Netflix salvar o Demolidor do ostracismo do MCU, a última lembrança que tínhamos do herói nas telas, era do medíocre filme de Mark Steven Johnson de 2003, protagonizado por Ben Affleck (que viria, posteriormente, a assumir o posto de Batman…) e produzido pela Fox Studios, que contrastava com tudo o que o personagem representava em seu meio de origem, os quadrinhos – repleto de cenas gratuitas, uma Elektra (Jennifer Garner) com cara de colegial americana e como se esquecer daquela cena em que o Demolidor deixava de atender a um pedido de socorro para dormir com a Elektra? Não à toa, o longa quase foi fatal para a carreira do personagem no meio audiovisual, manchando sua reputação de tal forma que Matt Murdock patinou na Fox, com boatos recorrentes de diretores que assumiriam um projeto de revivê-lo nos cinemas, sem que nenhuma ideia saísse efetivamente do papel.
Conforme o contrato, o estúdio precisava colocar um novo filme do personagem em produção até outubro de 2012. O cineasta David Slade chegou a ser cogitado, mas o projeto não foi para a frente e, felizmente, os direitos retornaram para a Marvel. Assim, em parceria com o principal serviço de streaming atual, a Netflix, finalmente o Demolidor ganhou uma adaptação digna. E para a telinha.