The Abominable Bride leva Benedict Cumberbatch (Sherlock Holmes) e Martin Freeman (John Watson) para 1895, onde eles encontram um caso que desafia a linha de pensamento científica que ambos mantêm. A esposa de Thomas Ricoletti é vista perambulando pelas ruas de Londres usando seu vestido de casamento em busca de vingança. O único problema é que isso acontece depois de ter tirado a própria vida.
É engraçado tentar definir como escrever sobre Sherlock Holmes. Ele, talvez, seja um dos personagens mais cultuados do mundo. Nasceu na literatura pelas mãos de Sir Arthur Conan Doyle, e todo amante de um bom livro de mistérios conhece Sherlock e seu companheiro, Dr. Watson.Seu endereço em Londres é um ponto mundialmente conhecido: 221B Baker Street. E mesmo sabendo que Sherlock é um produto de ficção, muitos mandam cartas para esse endereço crendo que, por mágica, alguém fará uma dedução maravilhosa e resolverá o problema dos aflitos clientes.
No grande ecrã tivemos abordagens clássicas. Atualmente, o cinema trouxe Robert Downey Jr. na pele do célebre investigador. Contudo, nosso Iron Man tem uma concorrência desleal. Há alguns anos, Steven Moffat, o produtor de Doctor Who teve uma ideia genial: por que não trazer para a telinha da televisão o mais brilhante dos detetives? E como mais um adendo, adaptar as histórias de Conan Doyle para os tempos atuais? E, cara, que série! Através dela nos foi apresentado o ator Benedict Cumberbatch que definitivamente é o Sherlock da nossa geração. Pobre Homem de Ferro, ele não tem a mínima chance nessa.
Já fomos agraciados com três temporadas de Sherlock, mas ela tem um defeito. Um gravíssimo: os hiatus entre as temporadas são enormes. Tão grandes que quase chegamos a acreditar que nunca mais veremos Cumberbatch como Sherlock novamente.
Reza a lenda que teremos uma quarta temporada, mas, de qualquer forma, este ano, a nossa dependência foi aplacada com um especial de natal. Eu sei que o natal já passou faz tempo, mas, caros leitores, eu acabei de ver. E lhes digo seguramente que esse especial é perfeito! Primeiro por tirar Sherlock e Watson atuais de sua zona de conforto, já que inegavelmente eles são filhos do século XXI. Partindo do tradicional conceito do what if – como seria se ambos vivessem e atuassem no longínquo século XIX – Moffat nos entregou um episódio sensacional e creio que o que mais me chamou a atenção foi o poder feminino. Eu sei que esse é um termo da moda, que se usa a torto e a direito, mas não existe definição melhor para o episódio. Sim, Sherlock e Watson são incríveis, mas sem nós, as mulheres, eles não seriam assim tão bons, convenhamos. E é ótimo perceber como Sherlock e Watson foram habilmente enrolados pelas personagens femininas durante o episódio, com as mulheres usando de alguns artifícios para terem acesso a esse poder.
Resumo: se você não assistiu, corre que ainda dá tempo! E mate as saudades imensas que só Cumberbatch na pele da icônica criação de Conan Doyle nos faz sentir.
Adendo: Prometo nova edição do nosso já amado guia.
Gaby Matos