I’m good at reading people. My secret: I look for the worst in them.
Gente, que título pouco criativo! Eu sei, vergonha alheia de mim mesma, mas como denominar um texto que tem a pretensão de nominar “crème de la crème” do mundo seriemaníaco de 2015? Sei também que listas enchem um pouco o saco porque a essência delas é serem discordantes, além de subjetivas por excelência. Dificilmen-te os meus pontos preferidos serão idênticos ao do leitor, portanto, venha concordar ou discordar de mim:
Série do ano:
Alguns diriam que foi Demolidor. Os mais imediatistas disparariam Jessica Jones. Mas, em minha opinião, é impossível tirar este título da história do hacker socialmente desajustado e estranhamente encantador. Além disso, quem nunca sonhou em participar de alguma conspiração que desafiasse e destruísse o mal? Eu sei, os sonhos não são para tanto, mas bastaria que víssemos, como bons espectadores, o mal corporativista ser desbaratado.
A série mais superestimada:
Sense 8
Esta vai para a série que mais se “achou”. Ok, crianças; preparando o capacete para proteção. Sense 8 foi a série mais pretensiosa do ano. E assumir que não gostou da série era a mesma coisa que ofender as mães dos espectadores, era absurdo. Para mim, Sense 8 foi, sim, superestimada. Ela veio acompanhada de um hype imenso por ser uma produção com o selo Netflix e todos estão sempre preparados para dizer que tudo que vem do serviço de streaming mais popular da atualidade, é excelente. E Sense 8 provou que a coisa não é bem assim. Antes que vocês me acusem de não ter visto a série na íntegra e venham disparar todos os argumentos possíveis e impossíveis, lhes digo: vi apenas dois episódios e simplesmente não suportei. Gente, as pessoas não são obrigadas a ver todos os dez episódios de uma determinada produção para determinar se algo é bom ou não é. Portanto Sense 8 é a série que mais se achou em 2015. Foi renovada aos 45 minutos do segundo tempo… Sobreviverá a uma terceira temporada?
Reboots desnecessários:
2015 foi definitivamente o ano dos reboots e dois merecem ilustrar a categoria de pior retorno: Heroes Reborn e Minority Report. Desejo um salve pra quem aguentou ver os dois shows, pois, pra mim, simplesmente não deu liga.
Pior série de 2015:
Levando o inglorioso prêmio corra para as colinas ou maconha mofada: Scream Queens. Eu diria que o maior demérito da série é ser capitaneada por Ryan Murphy. O mesmo cara que conseguiu destruir Nip Tuck, American Horror Story e Glee, e, sem dúvida nenhuma, seu maior pecado foi mesmo Nip Tuck.
Melhores comédias:
Two and a Half Man
Modern Family
Gente, eu não vejo comédias, portanto, fica complicado apontar qual delas foi a melhor, no entanto, a mídia especializada não apontou nenhuma das séries estreantes como sendo sensacionais. Dessa forma, podemos apontar como destaque mesmo as despedidas de Two and a Half Man – nunca imaginamos que a série chegaria ao fim sem Charlie Sheen – e, para uma boa fatia do público seriemaníaco, o épico fim de Modern Family.
Melhor despedida:
Mad Men
Dividem o prêmio de melhor despedida duas pérolas da televisão mundial: Mad Men, que teve uma brilhante carreira de sete temporadas; e Hannibal que teve o seu fim decretado em 2015 e, portanto, não veremos Clarice e nem o material inédito prometido para a futura e inexistente quinta temporada.
A série que melhor soube se reinventar:
Grey’s Anatomy
Não poderia terminar essa lista sem dizer que deveria existir um prêmio para os produtores mágicos. Ou eu deveria chamá-los de Fênix? Shonda Rhimes conseguiu dar uma sobrevida imensa a Grey’s Anatomy após a dramática morte de Derek Shepard.
Séries que já deveriam ter acabado:
Supernatural
The Good Wife
Para completar, o prêmio de série que já deu o que tinha de dar: dividem o prêmio Supernatural e The Good Wife.
E aí? Concordamos ou discordamos?
Adendo: A pilotomania já deu os seus sinais novamente; vi um baita piloto: Colony...
Gaby Matos
Gaby, pensei que eu fosse a única pessoa do planeta que não havia gostado de Sense8. Toca aqui! Assisti a temporada inteira para saber se não estava louca pq todo o mundo me dizia que era maravilhosa e ficava me perguntando “como assim?” Cheguei a dormir no meio de alguns episódios (mas depois voltava as partes só para aliviar a consciência e poder avaliar o que estava achando de uma forma completa). Colocaram um mosaico de personagens, mas não consegui me identificar com nenhum deles. Os melhores foram o Will e a DJ, mas aí a trama dela foi resultando em uma confusão ao final que se perdeu. E isso meio que aconteceu com todos eles, alguns começaram ok e depois as tramas foram ficando chatas demais. Mas as piores partes ficaram por conta da Daryl Hannah “mãe” do grupo e o “Sussurros”, toscos desde o começo. Realmente muito hype.