E esta é a terceira e última parte do nosso guia e, desta vez, destaco mais três pilotos. A temporada de estreias chega ao fim, galera. Todavia, prometo que o guia pode voltar em edições extraordinárias – se tivermos mais um punhado de pilotos.
Confira a primeira parte do guia aqui.
E a segunda parte aqui.
Supergirl
Uma das estreias mais aguardadas da fall season. A torcida estava dividida, creio eu, entre aqueles que só queriam um show divertido, um entretenimento sadio baseado em HQs; e aqueles que queriam ver, finalmente, as mulheres ganhando mais espaço e protagonismo no mundo extremamente masculino dos super-heróis. Existiram vencedores? Não, pois acredito que todos se sentiram satisfeitos. O piloto nos apresentou um show agradável, cheio de energia, e que mostra que a mulher não é simplesmente um “bejeto sexual” (como falava um personagem de novela lá nos longínquos anos 1990). Onde suas ideias e sua força são respeitadas. Onde o grito feminista reverbera: queremos ser tratadas com igualdade e com as super-heroínas não é diferente, afinal elas são tão fortes e destemidas quanto os super-heróis [Ok, desligando o botão do feminismo]. Leia a resenha completa do piloto aqui.
Dr. Jekyll and Mr. Hyde
No século XIX, Robert Louis Stevenson criou um personagem icônico. Bem, na verdade, dois: Dr. Jekyll and Mr. Hyde. Um homem que sofre de dupla personalidade. A grande sacada da história, que versava sobre o bem e o mal, é que o lado maligno do médico e pesquisador Jekyll, o Sr. Hyde, era incontrolável. Recorrendo ao recurso do ‘what if?’ foi produzida essa série que mostra como seria se esse ícone da literatura tivesse deixado um herdeiro. É com essa premissa que se desenvolve a nova empreitada da BBC America. O piloto é legal? É. Muito! Corre o risco de não funcionar? Corre, infelizmente. Pois uma série que depende quase que exclusivamente da interpretação de um só ator, é algo um tanto arriscado. Além disso, representar um psicopata (ainda mais um tão emblemático) sem cair na caricatura é muito difícil. Tarefa complicada, mas acredito que Tom Bateman, o ator que vive o Dr. Jekyll – o neto que herdou a personalidade dividida e o alterego violento do avô – na Londres de 1930, deu conta do recado. Torço muito para que minha impressão esteja certa e que a série seja um sucesso.
Wicked City
Eu curto um procedural, admito. Porém, existe uma regra básica para que o show tenha alguma chance na minha apertada grade: Que eu não fique olhando para o contador de cinco em cinco minutos para saber quanto tempo ainda resta para o episódio acabar. E isso aconteceu enquanto eu assistia à Wicked City. A série tem uma premissa boa: conhecida anteriormente como L.A. Crime, a trama foca em casos diferentes e reais de uma era famosa da história de Los Angeles a cada nova temporada. Esta primeira concentra-se em um assassinato ocorrido em 1982, em Sunset Strip. Mas carece de bons atores, principalmente no papel principal. Acho que fiquei mal-acostumada por conta de Dr. Lecter e Dexter, portanto, um psicopata precisa de algo a mais para me convencer…
E aí? O guia te ajudou na árdua tarefa de escolher novas séries para integrar sua watchlist? Espero que sim! 😉
Gaby Matos