Retrofilia: Almanaque da Mônica #15

Capa original
Capa original de novembro de 1989

Aproveitando que neste mês de outubro o criador da Turma da MônicaMaurício de Souza, completa 80 anos, damos início a uma série de textos a respeito das histórias em quadrinhos da turminha mais amada de todos os tempos.  Retomando o Retrofilia, nossa sessão de nostalgia do blog, falamos sobre um dos títulos mais bacanas da Turma da Mônica, o Almanaque, que costuma reunir as histórias mais emblemáticas dos personagens. E a edição #15 é, certamente, memorável. Dá uma olhada:

No mês de novembro de 1989, mais um dos muitos almanaques da Mônica foi lançado: a edição nº 15. Como de costume, o título trazia republicações das melhores histórias da personagem ao lado de sua turma. Porém, esse não foi comum como os outros, afinal tratava-se de uma edição totalmente especial. Geralmente, eles relança-vam histórias que haviam completado de cinco a onze anos de publicação, com raras exceções para histórias mais antigas do que isso. No entanto, este almanaque trouxe aos leitores tramas que tinham sido lançadas há quase duas décadas, isto é, nos dois primeiros anos da revista da Mônica: 1970 e 1971.

Algo de que, infelizmente, senti falta neste almanaque foi o fato de não contar com nenhuma história da revista #1 da personagem, como a clássica Mônica, a Daltônica – estréia da personagem nos gibis, ela foi publicada em alguns livros sobre a turminha, que mostravam curiosidades e os primórdios dos personagens; e em outras publicações especiais, mas creio que ela deveria ter sido incluída nesse almanaque.

Clássica e premiada história Os Azuis

O melhor dessa edição é a republicação da famosa história Os Azuis (lançada originalmente em Monica #15, de 1971), que passa uma bela mensagem para os jovens leitores no final: a de que não podemos julgar as pessoas pela aparência. Uma vez que as leituras que fazem parte do nosso repertório na infância são de suma importância para nossa formação intelectual, uma trama que retrata a discriminação e mostra o quanto o respeito às diferenças é fundamental, sempre de maneira sutil, é digna de aplausos. Os Azuis foi muito premiada, recebendo até menção honrosa do Congresso Internacional, e chegou a ter adaptação para a telinha, no formato de desenho animado, na década passada.

Outros destaques ficam por conta de duas histórias da personagem Tina (uma de Mônica #8 de 1970 e outra de Mônica #17 de 1971), que era bem diferente daquela adolescente/universitária que a gente vê atualmente. Era uma personagem com ideologia hippie e tinha não mais do que 12 anos nas histórias lançadas naquela época.

O almanaque também trazia a história de estréia dos personagens Zum e Bum da turma do Piteco, A Fuga, publicada em Mônica #2. Ainda contava com tramas de outros personagens conhecidos, como Bidu, Raposão, Papa-Capim e Horácio.

O gibi ainda trazia mais algumas boas histórias da Mônica, como A Língua do Cebolinha (edição #7 de 1970), Um Quase Monólogo (#9 de 1971), O Medo da Mônica (#4 de 1970), Ai, Que Dor de Dente (#5 de 1970), O Coelho da Mônica (publicada em Mônica #12 de 1971, detalhe que, nessa época, Sansão ainda não tinha nome), Moni x Cão (muitos anos antes do Monicão, o cachorrinho da Mônica, ser criado; edição #12 de 1971), e encerra muito bem com a história C. B. – A Nuvenzinha Mau Caráter (essa última foi chamada de capa de Mônica #12, de 1971). Claro, para finalizar, a clássica tirinha final, envolvendo Mônica, Cebolinha e seu ioiô.

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Da coleção pessoal da Herven

Sem dúvida, o Almanaque #15 é histórico tendo se tornando uma relíquia para vários fãs. Uma leitura indicada para todos os aficionados pela Turma da Mônica: Os que acompanharam aquela fase mais antiga, podem matar saudade dos antigos tempos; já os que nasceram posteriormente tem a chance de conhecer melhor essa fase através da revista.

Adryz Herven
Colaborou: Andrizy Bento

Uma consideração sobre “Retrofilia: Almanaque da Mônica #15”

  1. Muito boa a postagem. Realmente foi um Almanaque marcante, eles só republicavam hqs no máximo até 11 anos e foi uma surpresa ver hqs dos primeiros números. Foi a primeira vez q eu vi os personagens bochechudos assim. Acho q fizeram esse almanaque em homenagem aos 30 anos de carreira do Mauricio, só pra não passar em branco.

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