O que esperar de uma série cujo mote é relatar a vida do maior narcotraficante que já andou pela Terra? Você pode achar que estou sendo exagerada, mas Pablo Emilio Escobar Gaviria foi, sim, o maior de todos. Narcos retrata sua vida e seu apogeu e, até onde vi, narra também o fim de seu império. Não posso dizer que retrata a passagem da morte de Escobar porque ainda faltam três episódios para que a suntuosa série ganhe um fim para mim. Mas, desde já, a dúvida vem me corroendo – Narcos já foi renovada para uma segunda temporada. Assim sendo, se temos a morte de Escobar já nos primeiros dez episódios, o que será contado na segunda temporada? Até agora, fugi de todo e qualquer spoiler, então não saberia lhes informar…
A qualidade de toda a série não me surpreendeu. Não porque ficou abaixo das expectativas, mas pelo fato de contar com o cineasta José Padilha na produção executiva. O mesmo que assinou Tropa de Elite 1 e 2 e a malfadada nova versão de Robocop. Tendo o talento de Padilha e o dinheiro e o selo de qualidade Netflix, dificilmente teríamos um programa ruim.
Aviso aos navegantes que tem menos de 30 anos e não conheceram Escobar via manchetes de jornais, somente nos livros de história contemporânea: a crueldade do narcotráfico esta registrada em Narcos sem cortinas e, mesmo tendo assistido pelos noticiários parte daquele período, a maldade de Escobar ainda me impressiona. Você deve estar se perguntando: Então por que ver Narcos? Eu posso te dar inúmeros motivos, porém citarei apenas um: Wagner Moura está soberbo como Escobar e vê-lo em ação é sempre algo sem precedentes.
Ah! Ouvi alguns comentários um tanto negativos sobre o sotaque espanhol dele. Ok! Não é um dos melhores, mas é mil vezes mais convincente do que as diversas vezes em que Hollywood inventou de botar algum personagem falando em português, vide o ator espanhol Javier Bardem em Comer, Rezar e Amar.
Enfim, Narcos vale a pena 😉
Gaby Matos
Uma consideração sobre “Narcos”