Vocês já sabem que eu sofro de pilotomania. Essa é uma doença séria, talvez sem cura. Tenho épocas de crise, admito, e é um sofrimento. Portanto, confesso que estou sofrendo totalmente de uma crise de pilotomania e, aviso com antecedência, essa doença pega!
E, sim, estreou coisa boa. Hoje vamos de Zoo. A série é baseada na obra homônima do vendedor de best-seller James Patterson, e é ele mesmo quem encabeça a produção do programa. Vou ser sincera: não procurei ler a obra original que, por sinal, foi bastante elogiada. Porém, para evitar contaminações e possíveis depreciações, fugi do livro. Talvez eu ainda mude de ideia, mas, por enquanto, as possíveis chatices de fãs da obra literária estão longe desta que vos escreve.
Zoo tem uma premissa instigante. O que leva um grupo de animais a agir de forma estranha, extremamente violenta e totalmente fora dos padrões? Temos um triângulo de ações que move a série. Primeiramente na África, onde há um ataque maciço de leões. E as cenas no meio da selva causam uma angústia enorme. Lição ensinada e aprendida: nunca fique parada na savana africana, pois você nunca sabe o que pode aparecer. Corra!
O segundo ponto de ação é nos Estados Unidos, onde uma jornalista – provável vítima de uma indústria de produtos agrícola – perde o emprego no jornal impresso porque capitaneava um blog no qual denunciava a tal indústria. Não fica claro o que foi que aconteceu com ela, mas sabemos que foi algo grave e doloroso. A sanha da jornalista contra a empresa é enorme. Em suas buscas pós-perda do emprego, ela dá de cara com dois leões que viveram 18 anos no zoológico e eram tidos como animais dóceis e adaptados. Subitamente, ambos atacaram e mataram o tratador que sempre cuidou deles.
E, assim, inúmeras perguntas pipocam em nossas mentes: Os animais estão atacando por qual razão? É vingança ou uma reação química causada pelo consumo de produtos da indústria? Dessa forma, encontramos a outra ponta do triângulo: um biólogo, especialista em autópsia de animais, que obviamente sera o portal de entrada para as possíveis descobertas.
Na verdade todos os animais que dão o ar da graça no piloto estão agindo de modo estranho. Dos gatos do bairro que sumiam do nada (e, admito, pensei que estavam virando comida de algum leão) aos leões na África que, aparentemente, atacavam como humanos!
Adendo 1: Gostei da teoria do pai do guia turístico e, pelo visto, esta será o fio condutor da narrativa.
Adendo 2: Adoro as possíveis surpresas que a série pode me trazer exatamente por não ter conhecimento de um spoiler sequer vindo dos livros. Que vida feliz!
Gaby Matos
Uma consideração sobre “Zoo”