[Especial] Harry Potter – Parte 4

Harry Potter conta com uma galeria de memoráveis personagens. Tantos que, algumas vezes, muitos chegaram a ser negligenciados nos filmes ou nos próprios livros. Contudo, é inegável que um dos maiores méritos de J. K. Rowling está na construção de carismáticas figuras que inevitavelmente passaram a fazer parte do nosso imaginário.

Neste post, eu destaquei aqueles que eu considero os melhores e os piores da saga Harry Potter. Eu decidi não escrever a respeito do trio protagonista – Harry, Ron e Hermione – porque eu acabaria caindo no lugar-comum e também porque já falei bastante a respeito dos três nos posts passados e creio que ainda falarei mais um pouco sobre eles nos dois últimos posts desse especial.

E não estranhem o fato de eu não citar Sirius ou Lupin. Eles serão lembrados na próxima postagem 😉

Melhores personagens:

Severo Snape: Talvez o grande herói de Harry Potter seja o ríspido e rigoroso professor de Poções, Severo Snape. Pela sua coragem, pela forma como se arriscou trabalhando para ambos os lados e como foi um ser humano íntegro que soube reconhecer, aprender e reparar seus erros do passado. Embora não conseguisse evitar a antipatia que sentia por Potter, ele jurou protegê-lo sempre. E assim o fez.

Alvo Dumbledore: Um homem sábio, gentil, perspicaz e com um poderoso senso de justiça. Um bruxo brilhante e um mentor magnífico  que, lá pelas tantas, descobrimos possuir um passado nebuloso e questionável. Mas a narrativa de J. K. Rowling sempre nos trouxe surpresas. Os bonzinhos nem sempre são tão bonzinhos. Nem os vilões são maus o tempo todo. Mas uma coisa é fato, é impossível não se encantar ou não sentir confiança diante do simpático sorriso e da solicitude do bom e velho (muito velho) diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore. Com ele por perto, não havia como os alunos de famosa Escola de Magia não se sentirem seguros e protegidos.

Minerva McGonagall: A professora de Transfiguração é uma mulher de caráter singular e indubitável. Eu poderia apontar vários momentos que considero inesquecíveis dessa que é uma das minhas personagens favoritas de Harry Potter. Alguns deles se encontram em A Ordem da Fênix, “eu o ajudarei a se tornar auror nem que seja a última coisa que eu faça na vida!”, diz ela a Potter numa das vezes em que desafia a insuportável Umbridge. Sem dúvida, uma figura marcante.

Draco Malfoy: O maior desafeto de Harry e o aspirante a vilão que todos os fãs de Potter amam odiar. Desde o momento em que encontra Harry pela primeira vez na loja de Madame Malkin, ele já dá uma prévia de sua personalidade aos leitores: mimado, arrogante, prepotente e orgulhoso do seu sangue-puro. É claro que só poderia se tratar de um autêntico Sonserino. Mas a verdade é que ele não passa de um garoto assustado, que acha que o mundo gira em torno dele por causa de seu nome e de seu dinheiro. Rowling soube trabalhar bem a personalidade de Draco e construir sua antipatia de modo convincente diante dos leitores. Mas não dá para negar sua relevância na trama. Afinal, todo herói necessita de um nêmesis.

Rúbeo Hagrid: É impossível não gostar de Hagrid e de seu jeito desajeitado, engraçado e, sobretudo, amável de ser. O professor de Trato das Criaturas Mágicas e guardião das chaves de Hogwarts, é um meio-gigante deveras sentimental, está quase sempre metido em encrencas, mas é aquela com quem sempre se pode contar com o apoio e a amizade quando necessário. Hagrid está sempre disposto a ouvir, aconselhar – ainda que não tenha muito talento para isso – e oferecer uma boa xícara de chá em sua cabana.

Neville Longbotton: Inseguro, ingênuo, tímido, dono de uma péssima memória, mas um amigo fiel e um legítimo Grifinório com seus momentos de herói improvável, impulsionado por uma ousadia e coragem que ele mesmo desconhecia. Realmente digno de erguer e bradar a espada de Gryffindor.

Luna Lovegood: Famosa por viver no mundo da lua, mas na verdade ela parece saber bem mais do que todo mundo. Conforme vamos avançando na leitura, percebemos que Luna não é tão lunática assim. Uma pessoa sempre leal, sincera, que fala o que vem a mente e que não costuma se ofender com todos os impropérios e as zombarias dos alunos de Hogwarts. Ela sempre esteve ao lado de Harry, confiando nele mesmo quando este foi desacreditado por todos. Nada mais justo, portanto, do que Harry dar o nome de sua filha de Lily Luna.

Fred e George Weasley: O que seria do universo de Harry Potter sem os gêmeos, indistinguíveis até pela própria mãe? Também pudera, eles não são apenas idênticos fisicamente, mas também nas artimanhas, nas gracinhas, no jeito desordeiro, na maneira inconseqüente como encaram a escola e a vida. Mas eles sabem o momento em que precisam ficar sérios, não fogem ao perigo e jamais abandonam seus amigos, mesmo em situações arriscadas. A fuga de Hogwarts arquitetada pelos gêmeos Weasley em A Ordem da Fênix, está entre as passagens memoráveis da série. Gilderoy Lockhart bem que tentou, mas são deles os momentos e piadas mais hilariantes da saga Harry Potter, tanto na literatura quanto no cinema.

Lord Voldemort/Tom Riddle: Ele já faz parte da galeria dos grandes vilões do mundo do entretenimento. E não tem como ser diferente. Rowling soube construir com maestria a vilania e o mau-caráter desse grande personagem. Não que concordemos com suas ações cruéis e seu jeito frio e calculista de agir. Mas até dá para compreender as razões que o levaram a cometer tantas atrocidades. Assim como todos, “Você-Sabe-Quem” também tem uma história, um passado. Ele já foi um garoto órfão e isolado, um estudante de Hogwarts que desde jovem era manipulador e tinha sede de poder. Ele nunca chegou nem perto de possuir uma das maiores riquezas que Harry tinha. Ele nunca conheceu a amizade ou o amor. E só isso já o deixa em grande desvantagem em relação ao herói.

Piores personagens:

Família Dursley: É realmente lamentável que os trouxas com maior destaque e profundidade na série sejam justo os tios e o primo intolerantes de Harry. Por mais que Dudley alcance uma espécie de redenção no último livro, ainda assim é uma pena que eles sejam os maiores representantes da classe trouxa na narrativa de Harry Potter.

Rita Skeeter: Também é lamentável que minha classe esteja tão mal representada na série Harry Potter. Brincadeiras à parte, Rita Skeeter é uma jornalista enxerida, sensacionalista e tendenciosa. Não é de fato uma personagem engraçada. É incômoda e irritante pra falar a verdade. Uma crítica de Rowling aos jornalistas que tanto falaram mal dela ao longo de sua carreira. Até que faz sentido.

Percy Weasley: Não era realmente possível que no meio de tantas flores não fosse ter um espinho. A família Weasley é formada por quase uma dúzia de ruivos sardentos simpáticos, íntegros, solícitos, humildes, honestos e amigáveis. Mas um dos irmãos de Ron, Ginny e dos gêmeos Fred e George, Percy, não é nenhuma flor que se cheire. Ambicioso, arrogante, pedante, interesseiro, puxa-saco, com sede de poder e extremamente autoritário… Realmente, se não fossem as extremas semelhanças físicas com os demais Weasley, se poderia jurar que Percy é adotado.

Murta que geme: Quando a gente pensava que não havia nada mais chato do que a Murta-que-geme dos livros, eis que surge a Murta-que-geme dos filmes. A Murta é um fantasma de uma aluna da Corvinal que morreu há muitos anos em Hogwarts e costuma assombrar o banheiro feminino no segundo andar, choramingando e vitimando-se em tempo integral.

Dolores Umbridge: Certamente, qualquer um já associou Umbridge àquela professora chata do colégio, da faculdade ou qualquer coisa do gênero. Umbridge é uma baixinha irritante com cara de sapo, desdenhosa, retrógrada, fascista, presunçosa, que acha que ter sangue puro é a coisa mais importante do mundo. A intenção era realmente criar uma personagem que despertasse o ódio dos leitores, mas não da mesma forma que Draco, por exemplo. Dolores Umbridge tinha de ser insuportável a um nível extremo, desse modo, Rowling foi extremamente bem-sucedida na construção desta personagem.

Andrizy Bento

3 comentários em “[Especial] Harry Potter – Parte 4”

  1. Odeio a Dolores até hoje. Nunca gostei dessa personagem e acho que nunca gostarei.

    A Murta que Geme só tem uma função em todos os livros, revelar o mistério da câmera secreta: o basilisco e onde ela fica. Nada além disso, se ela só surgisse no segundo livro, algumas linhas antes, seria bem melhor hehehhhe

    =D

    adoro seus textos Drizy!!

    1. Verdade, é a única função da Murta em toda a história. Muita gente fala a respeito de a J.K. não ter dado um desfecho pra ela… Será que ela ficou a “vida” toda assombrando o castelo? até na época dos filhos do Harry? hauhauaha, pobre Murta.

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